Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Mercado já vê alta maior de juros na quarta e país crescendo menos que 5% neste ano

Em meio à incerteza fiscal, o mercado financeiro já vê uma alta maior dos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na quarta-feira. Os analistas ainda projetam mais inflação, encostando em 9% neste ano, e menos crescimento neste ano e no próximo.

Dados do Boletim Focus divulgados hoje mostram que a previsão para a taxa básica, a Selic, já é de 8,75% no final deste ano (0,50 ponto a mais do que na semana anterior) e de 9,5% em 2022 (ante 8,75% anteriormente). 

O aumento da projeção ocorre logo após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter proposto flexibilizar o teto de gastos como forma de implementar o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá para decidir o futuro da Selic. Para os economistas, a taxa deve subir 1,25 ponto percentual, saindo dos atuais 6,25% para 7,5% ao ano. Antes, o mercado apostava em um aumento de um ponto percentual.

Vale lembrar que, desde março deste ano, quando a taxa se encontrava em 2,75% ao ano, o Copom começou a elevar a Selic como forma de conter a alta da inflação.

Boletim Focus 25 de outubro de 2021

Mais inflação… 

O mercado também voltou a elevar a inflação do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2021, a expectativa subiu de 8,69% para 8,96% – a 29ª alta seguida.

Vale lembrar que a meta de inflação deste ano a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Contudo, a autarquia já deixou claro, em seu relatório trimestral de inflação, que a probabilidade de o indicador ultrapassar a meta imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 100%.

Para 2022, os analistas subiram a previsão do IPCA de 4,18% para 4,40%. Foi o 14º aumento consecutivo. No próximo ano, a meta central de inflação é de 3,50%, também com intervalo de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo – ou seja, será oficialmente cumprida se ficar entre 2% e 5%.

…e menos crescimento 

Enquanto o mercado financeiro elevou as projeções da Selic e do IPCA, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi reduzida de 5,01% para 4,97% em 2021. Para o próximo ano, a previsão é de que o indicador suba 1,40%. Na semana passada, o mercado projetava crescimento de 1,50%.

Lembrando que o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia.

Dólar mais alto 

O cenário de imprevisibilidade cada vez maior para os gastos no ano que vem também afetou as projeções para o câmbio.

Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus elevaram a projeção de R$ 5,25 para R$ 5,45, tanto para o final deste ano como para 2022.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.