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Desemprego recua para 11,6% em trimestre encerrado em novembro, mas renda média é a menor desde 2012

Taxa ficou dentro do esperado por analistas de mercado; no trimestre finalizado em outubro, percentual era de 12,1%

A taxa de desemprego caiu para 11,6% no trimestre finalizado em novembro, na sétima baixa consecutiva — nos três meses encerrados em outubro, o percentual era de 12,1%. O número ficou dentro do esperado por analistas de mercado.

Apesar de a desocupação continuar recuando, a renda média real (ou seja, descontada a inflação do período) também continua em queda e está no menor patamar desde 2012. O valor médio recebido pelo brasileiro por mês foi de R$ 2.444 em novembro, queda de 4,5% em relação a outubro e de 11,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número de desempregados no Brasil somou 12,4 milhões de pessoas no penúltimo mês de 2021, uma queda de 10,6% na comparação com outubro. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 14,5%, o que representa 2,1 milhões a menos de brasileiros em busca de trabalho.

“Esse resultado acompanha a trajetória de recuperação da ocupação que podemos ver nos últimos trimestres da série histórica da pesquisa. Esse crescimento também já pode estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações”, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, em documento de divulgação da pesquisa.

A maior alta na geração de empregos partiu do comércio, com elevação de 4,1% no número de pessoas dentro do mercado de trabalho. Já a indústria teve crescimento de 3,7% (ou 439 mil pessoas a mais). A taxa de informalidade foi de 40,6%, o que representou estabilidade em relação ao trimestre anterior.

Renda em queda

A renda registrada no trimestre encerrado em novembro foi de R$ 2.444, o menor valor já registrado na atual série histórica da pesquisa, que tem início em 2012.

“Isso significa que, apesar de haver um aumento expressivo na ocupação, as pessoas que estão sendo inseridas no mercado de trabalho ganham menos. Além disso, há o efeito inflacionário, que influencia na queda do rendimento real recebido pelos trabalhadores”, explicou a coordenadora do IBGE.

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