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Concessões, juros e inadimplência avançam em novembro, mostram dados do BC

Calote do crédito pessoal não consignado alcançou 7,7% no mês passado

Foto: Shutterstock/Jo Galvao

As novas concessões de crédito livre (ou seja, sem subsídios) totalizaram R$ 21,5 bilhões na média diária de novembro, um avanço de 2,9% na comparação com outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Banco Central.

Ao mesmo tempo, as taxas de juros continuam avançando na ponta, assim como a inadimplência, de acordo com os números.

Um levantamento recente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostrou que os bancos passaram a prever um crescimento ainda maior da carteira de crédito neste ano e no próximo, ainda que esperem também mais atrasos nos pagamentos destes empréstimos.

Segundo a Febraban, a perspectiva é de que a carteira de crédito aumente 14,1% em 2022 e 8,4% em 2023. Foi o sétimo aumento consecutivo nestas projeções.

Os juros para o crédito livre avançaram de 42,7% ao ano para 44,1% ao ano entre outubro e novembro, enquanto que a inadimplência se elevou de 4,2% para 4,3%. Os empréstimos classificados como livres pelo BC excluem financiamento imobiliário, rural e BNDES.

Entre as categorias de juros para pessoas físicas que tiveram alta no mês passado, destacam-se o cheque especial (avanço de 133,4% ao ano para 135,1% ao ano) e consignado (de 27,6% para 29,6%).

No caso das taxas do cartão de crédito, houve recuo, de 408% ao ano para 392,6% ao ano no caso do rotativo e de 184,9% para 180,6% no caso do parcelado.

Em setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) interrompeu o processo de aumento na taxa básica (Selic) com os juros em 13,75%. O ciclo foi iniciado em março de 2021, com a taxa no piso de 2%, e o impacto começa a chegar com mais força à ponta agora.

Inadimplência volta a subir

Os calotes acima de 90 dias voltaram a subir em novembro, segundo os dados do BC. A inadimplência com recursos livres cresceu de 4,2% para 4,3%, enquanto que a com recursos direcionados (imobiliário, agrícola e BNDES) permaneceu em 1,2%.

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No caso das pessoas físicas, o destaque da inadimplência foi o crédito pessoal não consignado, que avançou de 7,5% para 7,7%.

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