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Comércio sobe 1,1% em setembro; mercado esperava avanço de 0,2%

Na comparação com setembro do ano passado, a alta é de 3,2%, e no ano o setor acumula crescimento de 0,8%

Foto: Shutterstock/non c

As vendas do varejo brasileiro avançaram 1,1% em setembro, crescimento bem acima do esperado por analistas de mercado, que acreditavam em uma leve alta no mês, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE.

O órgão ainda revisou para cima o desempenho do comércio em agosto, para uma alta de 0,1% (o dado anterior mostrava queda de 0,1%). Na comparação com setembro do ano passado, a alta é de 3,2%, e no ano o setor acumula crescimento de 0,8%, de acordo com os números da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio).

Quando se considera o número que inclui as vendas de veículos e motos e material de construção (o chamado varejo ampliado), as vendas mostraram alta de 1,5%.

“Desde maio, o comércio não apresentava crescimento, ficando na estabilidade ou no campo negativo”, apontou Cristiano Santos, gerente da pesquisa, em material de divulgação do IBGE. “Esse mês também registrou o ponto mais alto desde a passagem de fevereiro para março, quando foi de 1,4%. Esse ano, a série está exibindo uma volatilidade menor do que nos anos anteriores e estamos começando a ver um comportamento mais parecido ao que era antes da pandemia, sem muita amplitude na margem”.

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Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE mostraram alta: livros, jornais, revistas e papelaria cresceram (+2,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+1,7%), combustíveis e lubrificantes (+1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+1,2%), tecidos, vestuário e calçados (+0,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (+0,6%).

Por outro lado, duas atividades observaram queda: móveis e Eletrodomésticos (-0,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1%). No varejo ampliado, segundo os dados, duas atividades tiveram estabilidade: veículo e motos, partes e peças (-0,1%) e material de construção, que ficou no zero a zero.

“Duas atividades puxaram o aumento na margem: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso e faz o papel de ancoragem no resultado, e, em segundo lugar combustíveis e lubrificantes”, apontou o gerente da pesquisa. “Elas também tiveram influência no varejo ampliado, uma vez que suas duas atividades complementares ficaram na estabilidade.”

Para Santos, a atividade de combustíveis e lubrificantes está sendo influenciada pela queda nos preços, que fez com que a atividade tivesse crescimento em volume.

“Esse é um cenário que persiste nos últimos três meses, com queda na receita nominal de 4,4% em julho, 3,8% em agosto e 6,2% agora em setembro. Mas o crescimento em volume vem diminuindo. Tinha sido de 12,6% em julho, 3,8% em agosto e agora de 1,3%”, apontou.

O patamar de setembro ainda se mantém 3,6% abaixo do nível de outubro de 2020, mas está 2,8% acima do do patamar pré-pandemia.

“Em termos setoriais, poucas atividades estão acima do patamar pré-pandemia”, apontou o gerente do levantamento do IBGE. “Contando com o varejo ampliado, das dez atividades, apenas quatro estão acima do patamar pré-pandemia: artigos farmacêuticos (20,8%), combustíveis e lubrificantes (18,7%), hiper e supermercados (3,8%) e material de construção (2,0%)”, complementou o especialista.

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