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Boletim Focus: Projeções para IPCA de 2022 caem abaixo de 7%

Para o ano que vem, analistas esperam agora uma inflação de 5,33%, abaixo dos 5,38% da semana anterior

Foto: Shutterstock

Em meio aos impactos da redução do ICMS de energia, combustíveis e telecomunicações e à redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras, os analistas ouvidos semanalmente pelo Boletim Focus voltaram a reduzir suas projeções para a inflação de 2022.

Agora, a mediana dos especialistas espera uma alta de 6,82% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor amplo), contra 7,02% na pesquisa anterior. Para 2023, a projeção também foi reduzida, após um longo período de revisões para cima: a atual projeção é de aumento de 5,33%, contra 5,38% na semana passada. Para 2024, a expectativa foi mantida em alta de 3,41%.

As expectativas para alta de preços se reduziram após corte nos impostos estaduais e também reduções de preços de gasolina e diesel pela Petrobras, o que levou a uma deflação em julho – a expectativa é que a queda de preços aconteça também em agosto.

Além disso, o cenário é de desaceleração da economia mundial, o que também deve retirar pressões sobre os preços a partir do ano que vem.

Tanto em 2022 como em 2023, as projeções para preços ainda estão bem acima da meta de inflação, que é de 3,5% para este ano e 3,25% para o próximo, sempre com banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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As expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2022 tiveram uma leve alta, de 2% na semana anterior para 2,02%. Para 2023, as projeções se reduziram de 0,41% para 0,39%.

As projeções para a taxa básica de juros, a Selic, foram mantidas em 13,75% no final deste ano e em 11% no final do ano que vem. Analistas também mantiveram suas expectativas para o câmbio em R$ 5,20, tanto para 2022 como para 2023.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

 

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