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Boletim Focus: Analistas voltam a subir projeção para Selic em 2023, para 12,25%

Especialistas ouvidos pelo Banco Central também elevaram projeção de alta para inflação de 2023 e 2024

Foto: Shutterstock/rafastockbr

Em meio à percepção de que o governo Lula elevará gastos, os analistas ouvidos pelo Boletim Focus voltaram a elevar as expectativas para a taxa básica (Selic) em 2023, apostando que o Banco Central será forçado a adiar os cortes nos juros.

Agora, a expectativa é que a Selic alcance 12,25% ao ano em dezembro, contra expectativa anterior de 12% ao ano. A mediana das projeções para a taxa no final de 2024 foi mantida em 9% ao ano. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda (2).

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Os especialistas consultados pelo BC também elevaram as projeções para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023 de uma alta de 5,23% para 5,31%, acima da meta de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Para 2024, a mediana dos analistas também elevou a projeção para a alta de preços, de um avanço de 3,60% para 3,65% (a meta para o ano é de alta de 3%, com a mesma banda de tolerância). Os especialistas ainda revisaram para baixo a projeção para o IPCA de 2022, de 5,62% para 5,62%.

A projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 foi elevada de 0,79%, na semana anterior, para 0,80%, e a de 2024 foi mantida em 1,50%.

As expectativas para o dólar permaneceram as mesmas do levantamento da pesquisa anterior: de R$ 5,27% em 2023 e R$ 5,26 em 2024.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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