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Boletim Focus: Analistas já veem inflação de 5,30% em 2023

Especialistas ouvidos pelo Banco Central acreditam ainda em dólar mais valorizado no final deste ano e de 2023

Foto: Shutterstock

Os analistas de mercado ouvidos pelo  Boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central, já esperam uma inflação de 5,30% em 2023, bem acima do teto da meta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o ano, de 4,75%, segundo dados divulgados nesta segunda (25).

Ao tomar suas decisões de política monetária, que tem defasagem de meses até fazer efeito na ponta, o BC já está olhando totalmente para a inflação do ano que vem. Na pesquisa anterior, a expectativa era de IPCA de 5,20% no ano que vem, já acima da meta.

Ao mesmo tempo, os analistas esperam agora um dólar de R$ 5,20 no final deste ano e do próximo (as expectativas anteriores para 2022 e 2023 eram, respectivamente, de R$ 5,13 e R$ 5,10).

As expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, foram mantidas em 13,75%, no final de 2022, e 10,75%, no final de 2023.

PIB maior e menos inflação em 2022

Ao mesmo tempo, os analistas revisaram para cima suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022. Agora, os especialistas esperam uma alta de 1,93% na atividade econômica, contra 1,75% do levantamento anterior.

Os dados para a atividade econômica neste ano vem sendo revisados para cima pelos analistas após a divulgação de dados bons, como desempenho melhor que o esperado em serviços e queda da taxa de desemprego.

A projeção para inflação deste ano voltou a ser reduzida, de 7,54% para 7,30% – as projeções para o IPCA de 2022, que chegaram a encostar em 9%, foram reduzidas após os Estados cortarem o ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações.

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O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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