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Boletim Focus: analistas elevam projeções para inflação de 2022 e 2023

A expectativa para a alta do PIB de 2023 foi reduzida

Após a divulgação dos primeiros dados de inflação de 2022, que mostraram uma forte disseminação da alta de preços, analistas de mercado elevaram suas projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano e de 2023. Ainda reduziram a expectativa para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem.

Os dados são do Boletim Focus, divulgado nesta segunda (31) pelo Banco Central. A mediana de expectativas para a inflação deste ano subiu de 5,15% para 5,38% – cada vez mais, as apostas se afastam do teto da meta do ano, que é de um IPCA de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para o ano que vem, a mediana das apostas para a inflação subiu de 3,40% para 3,50%.

Na última quarta (26), o IPCA-15 de janeiro veio acima do esperado pelo mercado, ao mesmo tempo em que revelou um espalhamento cada vez maior do aumento do custo de vida por diversos bens e serviços.

Os analistas ouvidos na pesquisa semanal ainda reduziram suas expectativas para o crescimento da economia em 2023: na semana anterior, a aposta era de 1,69%, o que se reduziu para 1,55% no levantamento divulgado hoje. Para o PIB de 2022, houve leve alta, de 0,29%, na semana anterior, para 0,30% agora.

As projeções para câmbio e juros foram mantidas para os dois anos: R$ 5,60 e 11,75%, respectivamente, em 2022 e R$ 5,50 e 8% em 2023.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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