Manifestantes contrários à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais continuam bloqueando estradas em vários estados para protestar contra o resultado das urnas.
Lula venceu as eleições para presidente com 50,9% dos votos válidos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do cargo. Bolsonaro, no entanto, ainda não reconheceu publicamente a derrota, e desde domingo há manifestações em prol do presidente nas estradas.
Segundo balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal, divulgado na manhã desta terça-feira (1), só quatro estados estão livres de intervenção em estradas federais – Amapá, Alagoas, Paraíba e Sergipe. Em todos os demais, havia bloqueios ou intervenções com menos impacto no trânsito de veículos.
A situação mais grave era a dos estados da região Sul do Brasil. Santa Catarina tinha 39 bloqueios totais em estradas, enquanto o Paraná tinha 24 interdições e 15 bloqueios. No Rio Grande do Sul, havia 15 interdições e 15 bloqueios.
Em São Paulo, os manifestantes estão bloqueando parcialmente o tráfego em direção ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
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Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou o desbloqueio das estradas e exigiu que a Polícia Rodoviária Federal adotasse as providências necessárias para isso.
O ministro estipulou ainda multa de R$ 100 mil por hora para donos de caminhões que estejam sendo usados em bloqueios, obstruções ou interrupções.
Como o mercado reage ao bloqueio
Ontem o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, fechou em alta de 1,31%, aos 116.037 pontos. Foram R$ 38,93 bilhões em volume negociado.
Com isso, terminou outubro com avanço de 5,45%, no quarto mês positivo seguido, e alta de 10,7% no acumulado do ano.
As manifestações de caminhoneiros, porém, ganharam mais corpo ontem à noite, depois de encerrado o pregão da Bolsa.
Por volta das 8h20, o EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, operava em alta de 0,55% no pré-mercado.