Em maio, o volume de serviços avançou 1,2% em relação a abril e superou, pela segunda vez este ano, o nível pré-pandemia, em 0,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com dois meses seguidos de resultados positivos, o setor acumulou alta de 2,5%, ainda insuficiente para recuperar as perdas registradas em março, de -3,4%, mas dá sinais de aquecimento na maior parte dos seus segmentos de atividades, destaca o órgão público.
No ano, o volume de serviços acumula expansão de 7,3% e, nos últimos 12 meses, queda de 2,2%.
Em relação a maio de 2020, o crescimento chegou à casa dos 23%, sendo a terceira taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica iniciada em janeiro de 2012.
Os analistas consultados pela Refinitiv esperavam avanço de 1,3% na base mensal e de 22,6% no comparativo anual.
De acordo com o IBGE, em fevereiro deste ano, os serviços chegaram a alcançar um patamar 1,2% acima do verificado em fevereiro de 2020, mês que antecedeu a implementação das primeiras medidas de isolamento social.
“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços”, aponta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Ele destaca que, a partir de abril e maio, essas medidas começaram a ser relaxadas e, com isso, o setor volta a crescer.
Grupos
Das cinco atividades investigadas pela PMS, três tiveram crescimento em maio. Um dos destaques foi o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,7%), que tem o segundo maior peso no índice geral (32,8 pontos percentuais).
“A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço. O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio. Além disso, o segmento de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,6%), que também compõe a atividade, continua em ascensão, tendo atingido em maio seu patamar mais alto na série histórica da PMS”, afirma Lobo.
Para ler a PMS na íntegra, acesse aqui.
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