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Produção industrial fica estável na passagem de maio para junho, mas cresce 12% na base anual

Com isso, os resultados vieram em linha com o esperado pelos analistas da Refinitiv, que previam estabilidade na base mensal e alta de 11,8% no comparativo anual

A produção industrial apresentou variação nula na passagem de maio para junho, após crescer 1,4% no mês anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal da Indústria (PIM), publicada nesta terça-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, em relação a junho de 2020, o setor industrial reportou um crescimento de 12%. No acumulado do 1º semestre deste ano, houve expansão de 12,9%.

Com isso, os resultados vieram em linha com o esperado pelos analistas da Refinitiv, que previam estabilidade na base mensal e alta de 11,8% no comparativo anual.

O relatório aponta que, apesar da comparação mês a mês ficar estável, três das quatro grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades investigadas pela PIM sofreram queda na produção.

“Em maio, houve uma volta ao campo positivo após três meses de queda e a indústria igualava o patamar de antes da pandemia, mas esse resultado não revertia as perdas anteriores. Com essa variação nula em junho, o setor permanece no patamar pré-crise, mas no resultado desse mês observa-se uma predominância de taxas negativas entre as atividades industriais”, comenta em nota o gerente da pesquisa, André Macedo.

Ele explica que o menor dinamismo do setor está ligado aos efeitos da pandemia de Covid-19 no processo de produção e na economia.

“Há uma série de adversidades por conta da necessidade das medidas de restrição, como a redução do ritmo produtivo, a dificuldade de obtenção de matérias-primas e o aumento dos custos de produção”, diz Macedo.

Além disso, o pesquisador também associa o desempenho pelo lado da demanda, uma vez que a taxa de desemprego está alta. No final de julho, o IBGE divulgou um relatório referente à desocupação no país, que atingiu 14,6% no trimestre móvel encerrado em maio.

Grupos

O principal impacto negativo no mês veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%), setor que voltou a cair após ter resultados positivos em abril (1,6%) e maio (0,3%).

Outro impacto negativo veio de celulose, papel e produtos de papel, cuja produção caiu 5,3% em junho. É a terceira retração consecutiva do setor, que acumula no período perda de 8,4%.

Já o principal impacto positivo no índice de junho em comparação com maio foi de produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%). No mês anterior, a produção dessa atividade já havia crescido 2,7%.

“São duas expansões em seguida sobre o mês de abril, quando a atividade teve uma queda de 9,9%. É uma melhora de ritmo muito calcada nos derivados do petróleo, como óleo diesel, mas não repõe a perda recente que essa atividade teve”, diz André.

Para ler a pesquisa completa, acesse aqui.

Foto: Getty Images

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