Prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou sua alta no último mês. De acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 25, a variação em junho bateu 0,83%, ante 0,44% em maio.
Com isso, o indicador acumula alta de 4,13% no ano e de 8,13% nos últimos 12 meses. Em junho de 2020, a taxa havia sido de 0,02%.
Os números vieram em linha com o que esperavam os economistas. De acordo com os dados compilados pela Refinitiv, a alta seria de 0,86% na comparação com maio e de 8,17% em relação a junho de 2020.
Em relatório, o IBGE esclarece que um terço da taxa registrada em junho veio do aumento da energia elétrica e da gasolina. Só eles contribuíram, cada um, com 0,17 ponto percentual: os maiores impactos individuais.
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Com a alta da energia elétrica, o grupo Habitação foi o segundo de maior impacto no índice geral (0,26 p.p.), com a maior variação (1,67%). O maior impacto do grupo (0,17 p.p.) veio da energia elétrica (3,85%), com alta influenciada pela bandeira vermelha patamar 2, acionada em junho.
O acréscimo dessa bandeira é de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos, enquanto em maio, na bandeira vermelha patamar 1, o acréscimo era de R$ 4,169 para os mesmos 100kWh consumidos.
Outros itens que afetaram a variação total são a taxa de água e esgoto (2,45%) e o gás encanado (5,20%).
O grupo com maior impacto no mês foi o de Transportes, com impacto de 0,28 p.p. e variação de 1,35%. A alta nos preços dos combustíveis (3,69%) puxou o resultado do grupo.
A gasolina subiu 2,86% em junho e acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses. Os preços do do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%) também subiram.