Mercado prevê Selic em 7% ao ano em 2021, aponta Boletim Focus

Para o ano que vem, o mercado manteve a previsão de 7% ao ano, após dois aumentos seguidos

A projeção para a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, no final de 2021 subiu de 6,75% ao ano para 7% ao ano, sendo a terceira alta consecutiva. Para o ano que vem, o mercado manteve a previsão de 7% ao ano, após dois aumentos seguidos.

As informações constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Banco Central e que traz as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país.

Hoje, a taxa encontra-se no patamar de 4,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a Selic em três reuniões seguidas neste ano após a taxa permanecer por quase seis anos sem sofrer aumento. O mercado entende que o objetivo da entidade é justamente conter a pressão inflacionária. A próxima reunião do Copom está marcada para o início de agosto.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude. Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários”, informou o comunicado à imprensa.

Inflação

Quanto à inflação oficial do país, a previsão é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 6,56% em 2021, crescimento de 0,25 ponto percentual na comparação com a semana anterior (6,31%).

Para 2022, a expectativa do mercado é que o indicador chegue ao patamar de 3,80%, enquanto na semana passada a projeção era de 3,75%.

Vale destacar que a meta de inflação de 2021, imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Dessa forma, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

Caso a inflação brasileira fique de fato acima da meta, como apontam as estimativas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá que redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento.

No próximo ano, a meta central de inflação é de 3,5%, também com o intervalo de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

PIB

A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), indicador que mede o desempenho econômico da país, em 2021 passou de 5,27% para 5,29%, o que representa a oitava alta seguida. Para o próximo ano, a projeção foi mantida em 2,10%.

Dólar

Por último, os economistas consultados pelo Bacen esperam que a moeda norte-americana fique em R$ 5,09 no final de 2021. Na semana passada, a previsão era de que o dólar ficasse em R$ 5,05.

Para 2022, a projeção foi mantida em R$ 5,20, a sexta manutenção consecutiva.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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