O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou em junho. A variação do mês foi de 0,60% contra 4,10% em maio, a maior variação mensal registrada desde novembro de 2002.
Com o percentual do mês, o índice acumula 15,08% de alta no ano e 35,75% de alta em 12 meses. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgados nesta terça-feira, 29.
De acordo com a FGV, um ano atrás, o IGP-M registrava taxas de 1,56% em junho e de 7,31% em 12 meses.
O maior influenciador para a desaceleração foi o recuo no preço do dólar que barateou as commodities importantes. Com isso, o grupo matérias-primas brutas do IPA caiu 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado.
“Com este movimento, a taxa do IPA registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Vale lembrar que o IGP-M é um índice composto, e sofre influência do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) (com 60% de peso), do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) (30%) e do Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC) (10%).
Dois dos três índices apresentaram desaceleração em junho.
O IPA variou 0,42% em junho, ante 5,23% em maio, puxado pelo recuo no preço das commodities.
Já o IPC, que mede os valores do varejo, saiu de 0,61% em maio para 0,57% em junho. Pesou mais neste índice a queda do grupo de saúde e cuidados pessoais (0,89% para 0,07% em junho).
Por fim, o INCC deu um novo salto, subiu 2,30% em junho, ante 1,80% no mês anterior.
Conhecido popularmente como “inflação do aluguel”, a variação de 12 meses deve continuar a impactar negativamente contratos com vencimento próximo.