A balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 10,349 bilhões, alta de 67,9% ante mês anterior, conforme balanço preliminar divulgado pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira, 03.
O superávit ocorre quando a quantidade de exportações supera as importações, gerando saldo positivo. Caso contrário, ocorre um déficit comercial (saldo negativo).
Este é o maior resultado mensal desde que série histórica foi iniciada, em 1989. Até então, o maior valor tinha sido obtido em julho de 2020, a US$ 7,601 bilhões.
Em abril, as exportações totalizaram US$ 26,481 bilhões, enquanto as importações, US$ 16,132 bilhões. A corrente de comércio, termômetro para a atividade econômica, foi de US$ 42,612 bilhões, um avanço de 46,8% sobre abril do ano anterior.
No ano como um todo, as exportações somaram US$ 82,13 bilhões e as importações, US$ 63,873 bilhões, com superávit de US$ 18,257 bilhões e corrente de comércio de US$ 146,003 bilhões.
O resultado forte está relacionado à maior demanda mundial por produtos básicos, como alimentos, e à disparada do dólar no Brasil, que aumenta a competitividade das vendas externas brasileiras.
De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, as vendas de soja foram destaque no resultado mensal, registrando crescimento de 43,1%, um aumento de US$ 108,39 milhões na média diária.
Importações e exportações
As importações totalizaram US$ 16,132 bilhões no mês de abril, um aumento de 41,3%, pela média diária, ante mesmo período do ano anterior.
O crescimento foi influenciado, principalmente, pelos produtos da Indústria de Transformação, com alta de 42,6% nas vendas, seguidos pela indústria extrativa (35,5%), e pela agropecuária (1,6%).
As exportações somaram US$ 26,481 bilhões em abril, alta de 50,5%, pela média diária, em comparação com o mesmo período de 2020.
Os números foram influenciados pelo crescimento de 72,3% na Indústria Extrativa, seguido pelas vendas externas de produtos agropecuários (44,4%), e pelos produtos da indústria de transformação (43,9%).
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