A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 5,3% neste ano, de acordo com o Boletim Macrofiscal publicado nesta quinta-feira, 16.
No segundo trimestre de 2021, a economia brasileira recuou 0,1% na margem (com ajuste sazonal) em relação ao período anterior, mas cresceu 12,4% no comparativo interanual.
De acordo com o boletim, o avanço na base interanual indica “recuperação em relação ao vale da crise de 2020.”
A projeção de avanço do PIB para o terceiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado, é de 5%. Para 2021 como um todo, a estimativa foi mantida em 5,3%.
Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento neste ano, a SPE destacou o cenário internacional favorável, a taxa de poupança elevada, a rápida recuperação do investimento, o mercado de crédito robusto e a redução da taxa de desemprego no setor informal, com a recuperação dos serviços e o avanço da vacinação.
Entretanto, fatores como o risco hídrico e o risco de um eventual recrudescimento da pandemia seguem no radar.
Para os anos posteriores, as estimativas continuaram inalteradas até 2025, em uma taxa de 2,5%.
Enquanto isso, para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, o aumento foi de 2 pontos percentuais (p.p), para 7,9% neste ano.
Este valor está acima da meta de inflação de 3,75% estipulada pelo Conselho Montário Nacional (CMN) para o ano de 2021, de 5,25%, e também superou o limite superior do intervalo de tolerância.
A inflação de agosto, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 0,87%. Em 12 meses, o índice acumulou alta de 9,68%.