Em meio à crise hídrica, os analistas do mercado financeiro subiram a previsão para a inflação brasileira deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pela 22ª vez seguida, passando de 7,27% na semana passada para 7,63% – o que representa um avanço de 0,31 ponto percentual.
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Para 2022, os economistas também elevaram a expectativa do IPCA em 0,03 ponto percentual, saindo de 3,95% para 3,98%.
As informações constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central e que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Vale destacar que a meta de inflação de 2021, imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para o próximo ano, a meta é de 3,50%.
Dessa forma, a meta de 2021 será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.
Caso a inflação brasileira fique de fato acima da meta, como apontam as estimativas, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, terá que redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento.
PIB
Por outro lado, o mercado financeiro diminuiu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, passando de 5,22% para 5,15%, queda de 0,07 ponto percentual em comparação à leitura imediatamente anterior. Para o próximo ano, a previsão também foi rebaixada, de 2% para 1,93%.
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O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia.
Selic
Quanto à taxa básica de juros do país, a Selic, os analistas consultados pelo BC aumentaram a previsão para 7,63% ao ano no fim de 2021, após mantê-la em 7,50% na semana passada. Para 2022, os economistas subiram de 7,50% para 7,75% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa foi elevada para 5,25% ao ano. Para a próxima reunião, a entidade deixou subentendido que a Selic deve subir novamente em 1 ponto percentual para conter a inflação elevada.
Câmbio
A projeção para o dólar no final deste ano subiu de R$ 5,15 para R$ 5,17. Já para o ano que vem, o mercado manteve a previsão de R$ 5,20 pela 12ª semana seguida.