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Arrecadação recorde garante superávit primário em novembro, mas resultado deve piorar

Queda nas despesas com auxílio emergencial, que foi encerrado, também ajudou no resultado

Com a arrecadação federal recorde em novembro, o superávit primário atingiu R$ 3,8 bilhões, 0 melhor resultado para o mês desde 2013.

O dado foi divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, dia 29. No acumulado do ano, o déficit é de R$ 49,2 bilhões, resultado de um rombo de R$ 268,3 bilhões na Previdência Social e de superávit de R$ 261,5 bilhões do Tesouro e Banco Central.

O Tesouro destacou que a receita com tributos (ou seja, aquela administrada pela Receita Federal) cresceu 21,9% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. “A dinâmica recente da arrecadação foi afetada pelo impacto sobre a atividade e diferimentos decorrentes da pandemia Covid-19”, apontou o órgão.

Os analistas do BTG Pactual Digital destacaram que o dado positivo também foi influenciado pelo recebimento de R$ 9,2 bilhões em dividendos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pela queda nos gastos com crédito extraordinário por conta do fim do auxílio emergencial.

O desempenho das contas públicas deve piorar daqui para a frente. “Para 2022, a perda de ímpeto da economia e a redução da confiança dos empresários, motivada pelas mudanças no arcabouço fiscal, devem deteriorar o resultado”, afirmaram os economistas do banco.

O que é o resultado primário

O resultado primário é a diferença entre as receitas e despesas do governo sem considerar-se na conta o pagamento de juros da dívida pública. Se sobra dinheiro nesta conta, tem-se um superávit que é direcionado para ajudar no pagamento da dívida, se falta há um déficit que aumenta o passivo.

Esse número é divulgado de duas maneiras. A primeira divulgação, do Tesouro, leva em conta a economia ou despesa apenas da União. A segunda, que é divulgada pelo Banco Central, leva em consideração o saldo de todo o setor público (União, Estados, municípios e estatais).

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