Após registros atípicos de dois casos de vaca louca no Brasil, a Arábia Saudita suspendeu as importações de carne bovina de cinco frigoríficos brasileiros, todos localizados em Minas Gerais, estado em que foi registrado o primeiro caso, no início desse mês.
O segundo caso de vaca louca foi confirmado no Mato Grosso, mas os negócios das autoridades sauditas com o estado não sofreram nenhuma alteração até o momento.
Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) informou que a suspensão seletiva aconteceu pois os animais que apresentaram sintomas da doença seriam abatidos em frigoríficos de Minas Gerais. A suspensão foi direcionada ao local onde aconteceria a produção, o que indica que o Mato Grosso não está no radar para fechamentos.
O início da suspensão das compras aconteceu no dia 06 de setembro, mesma data em que a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concluiu que os casos da doença não representavam risco para a cadeia de produção bovina brasileira. O comunicado oficial foi feito pelo adido agrícola em Riade, capital da Arábia Saudita, no dia 09.
A última suspensão de importação de carne bovina brasileira por conta do mal da vaca louca realizada pelos sauditas aconteceu em 2014, e se estendeu por quase um ano.
A Arábia Saudita suspendeu as compras de carnes de aves de 11 frigoríficos brasileiros em maio. A interrupção ainda vigora.
Diferenças em relação aos negócios com a China
O protocolo de comércio entre Brasil e China fez com que o governo brasileiro suspendesse, de forma voluntária, as exportações de carne bovina para a China no último dia 04.
Não há previsão de reestabelecimento dos embarques, e as autoridades chinesas estão avaliando as informações técnicas enviadas pelo Brasil.