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Veja como nova aquisição da Hapvida (HAPV3) deve afetar ações da companhia

Hapvida adquire operadora e avança em expansão na região metropolitana de São Paulo

Foto: Shutterstock

A Hapvida (HAPV3) anunciou na noite de quarta-feira (5) a aquisição de 100% do capital votante da Sistemas e Planos de Saúde por R$ 120 milhões.

O montante deverá ser pago à vista, porém está sujeito a alterações ligadas ao endividamento e capital de giro. Além disso, uma parcela será retida para eventuais contingências.

A Sistemas tem cerca de 77 mil beneficiários, a maioria no município de São Paulo e nas cidades metropolitanas, como Osasco, Guarulhos, Embu e Cotia.

A adquirida apresentou uma receita líquida de R$ 79 milhões nos últimos 12 meses até julho e uma sinistralidade caixa de 73,4%. Além disso, apresenta baixos custos de operação, segundo comunicado da Hapvida.

O que achamos?

Após anúncio do Cade (Conselho Administrativa de Defesa Econômica) sobre a desistência da Hapvida em adqurir a Plamed, a empresa já se movimentou e apresentou outra aquisição.

A operação vem ao encontro da estratégia de ampliar a base de beneficiários. Além disso, por ser um segmento fragmentado, a aquisição permite à Hapvida, junto com a NotreDame, ganhar mais espaço de mercado na região metropolitana.

A NotreDame possuia 9% de market share e a Hapvida cerca de 8,1% até final de 2021, segundo Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Apesar de o número de beneficiários que viriam com a aquisição ser pouco representativo, dada a base de quase 9 milhões de clientes da Hapvida, a compra deve gerar sinergias para a empresa. Isto é: o fato de a Hapvida já ter operações em São Paulo deve facilitar as interações e gerar maiores receitas, diluindo custos, o que beneficia a rentabilidade da empresa.

Por outro lado, a sinistralidade – índice que mede o uso dos planos de saúde pelos clientes – é bem maior na Sistemas (cerca de 74%) do que a registrada no segundo trimestre pela Hapvida, de 61,9%.

Isto pode ser um ponto de atenção, pois as operações de baixo custo podem ser prejudicadas por alta sinistralidade. Porém, com o arrefecimento dos casos de Covid-19 esta sinistralidade deve ser amenizada.

Como as ações da Hapvida devem reagir?

A aquisição deve ser bem vista pelos investidores, uma vez que a Hapvida deve ganhar espaço de mercado, apesar de os resultados da adquirida não serem tão relevantes perto dos registrados pela companhia.

Portanto, as ações devem reagir positivamente e abrir e leve alta. Por outro lado, o mercado está apreensivo quanto à melhora da inflação americana e a possível recessão de 2023, o que pode impactar no movimento dos papéis.

A ação da Hapvida acumula uma queda de 19% no ano.

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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