O setor de locação está em plena ascensão no mercado brasileiro. As empresas do segmento no país navegam num oceano azul acompanhando a tendência de encurtamento da defasagem em relação aos mercados desenvolvidos. A Movida (MOVI3) é uma das mais bem posicionadas.
Há duas semanas, a companhia integrante da holding Simpar (SIMH3) divulgou seu resultado do segundo trimestre deste ano, com números considerados neutros pelo mercado. Por um lado, o consenso é de que o operacional da Movida segue sólido.
Na TradeLive desta semana, o CFO da Movida, Edmar Lopes, disse que a companhia surfou o forte crescimento da frota de veículos, que praticamente dobrou em dois anos. As compras aceleradas ampliaram a operação de RAC e, mesmo assim, a empresa tem aumentado o preço médio por diária.
Atualmente, a frota da empresa tem 207 mil veículos. O faturamento relacionado à operação de aluguel de veículos, carro-chefe da empresa, dobrou em relação ao mesmo período do ano passado.
O aumento da taxa de juros, contudo, elevou as despesas financeiras, que se materializam no pagamento de juros sobre o endividamento.
Naturalmente, é esperado que o ROIC (Retorno sobre Capital Investido) passe por um movimento de arrefecimento ao longo dos próximos trimestres e, com isso, a diferença para o custo da dívida (que é a real mensuração de geração de valor pela empresa) diminua.
A rentabilidade da empresa, também dada pela margem líquida (resultado da relação entre o lucro e a receita líquida), ficou em 17,3%, o menor patamar desde o terceiro trimestre de 2020.
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O executivo disse, entretanto, que por mais que seja esperado um processo de normalização, a companhia continuará produzindo resultados fortes em termos de retorno.
As principais linhas de receita da Movida são, prioritariamente, três:
- RAC (rent a car, ou aluguel de veículos);
- GTF (gestão de terceirização de frota);
- Seminovos.
Segundo Lopes, a bola da vez está com o negócio de carros por assinatura, que fica no guarda-chuva do GTF. Na empresa, o serviço é chamado de Movida Zero KM.
A ascensão do negócio passa pela mudança de comportamento do público brasileiro — com a mudança da visão de posse para acesso ao bem, que são os carros — e redução da defasagem em relação ao mercados desenvolvidos.
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