Um levantamento elaborado pelo TradeMap aponta que, no dia 27 de março deste ano, o mercado de aluguel de ativos registrou R$ 113,4 bilhões em estoque de aluguel do BTC.
Para termos uma ideia da grandeza dessa cifra, comparamos com o valor de mercado do Banco do Brasil (BBAS3), que na última segunda-feira (27) valia R$ 107 bilhões. Ou seja, podemos concluir que, no BTC, temos ativos alugados que dariam para comprar todas as ações do banco.
Vale pontuar que o BTC (Banco de Títulos CBLC) negocia ações, fundos imobiliários, BDRs e ETFs.
Na tabela abaixo, listamos os 20 ativos com maior estoque de aluguel, e verificamos que os 10 ativos mais alugados concentram R$ 57 bilhões ou 50,26% do estoque total. O volume total de aluguel dos 10 maiores é equivalente ao valor de mercado da Suzano (SUZB3), que na mesma data valia R$ 55 bilhões.

Análise da tabela
Os 20 ativos mais alugados concentram R$ 70,8 bilhões, representando 62,43% do estoque total de aluguel do BTC. Este número daria para adquirir todas as ações da BB Seguridade (BBSE3), que valia R$ 65,4 bilhões na mesma data.
Já o ativo mais alugado é a ação ordinária da Vale (VALE3), com R$ 18,4 bilhões ou 16,22% do volume total do BTC a uma taxa média de aluguel de 0,17% ao ano. O valor do estoque de aluguel da companhia daria para adquirir praticamente todas as ações da Natura (NTCO3), que valia cerca de R$ 18,6 bilhões no dia 27.
Entre os 20 ativos mais alugados, temos dois ETFs: na segunda posição, o BOVA11, e na 14ª, o BOVV11.
Das 18 ações da lista, cinco são do setor de refino de petróleo, quatro de bancos e outros nove setores tem uma ação cada.
Enquanto isso, o papel da Raia Drogasil (RADL3) é o ativo com maior taxa de aluguel do levantamento, com 5,69% a.a., seguido pela ação da Ambev (ABEV3), com 5,56%.
Ao passo que o ativo com menor taxa de aluguel é o Bradesco (BBDC4), com 0,01% a.a., seguido pela WEG (WEGE3), com 0,03%.
Por fim, seis papéis têm taxa de aluguel superior a 1%; sete entre 0,1 e 0,9%; e outras sete abaixo de 0,1%.