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Ibovespa em 2023 e principais ações: Descubra os destaques e as decepções deste ano de recordes

Foto: Shutterstock / Pisit.Sj

O ano de 2023 reservou fortes emoções aos participantes do mercado. O Ibovespa, que encerrou o período aos 134.185 pontos, acumulando expressiva alta de 22,28%, passou por meses de turbulência antes de entregar este resultado. Durante o primeiro ano do governo Lula, os investidores monitoraram de perto o risco fiscal no Brasil e a política monetária nos Estados Unidos.

 

Entre uma pauta e outra, notícias do mundo corporativo surpreenderam o mercado, e fizeram preço. No mês de janeiro, a revelação do escândalo contábil nas Lojas Americanas (AMER3) derrubou o valor da empresa, e disparou um gatilho de volatilidade nas varejistas da Bolsa. Em fevereiro, o Ibovespa despencou 7,49%, puxado por Petrobras (PETR3;PETR4) com a leitura apreensiva, pelo mercado, de interferência do governo nas operações da empresa. Além disso, o temor de aumento nas taxas de juros americanas fez com que casas de análise revisassem as recomendações de empresas endividadas, e as aéreas despencaram.

 

em março, o índice atingiu a mínima de 97.926 pontos no fechamento do dia 23. Após a quebra de três bancos nos EUA no espaço de uma semana, foi a vez do lendário Credit Suisse, que precisou ser comprado às pressas pelo rival UBS, para evitar um colapso em suas operações. O motivo em comum, estava ligado à forte elevação das taxas de juros nas principais economias, em busca de controle inflacionário. Os investidores internacionais passaram para o modo de aversão ao risco, derrubando os mercados ao redor do mundo, e contaminando a Bolsa brasileira, que já sofria com problemas domésticos. 

 

Da mínima em 23 de março até seu fechamento em 28 de dezembro, o Ibovespa avançou impressionantes 36.259 pontos, com uma valorização de 37%.

 

A receita do milagre iniciou a partir de abril, quando o Ibovespa registrou quatro meses consecutivos de alta. Internamente, com o andamento e aprovação do arcabouço fiscal pelo Congresso, e no exterior, a dissipação do temor de uma recessão global. Nos EUA, dados de emprego provaram a força da economia americana e dados de inflação desacelerando em níveis melhores do que o esperado permitiram que o mercado passasse a precificar o fim do ciclo de aperto monetário no horizonte. 

 

O rally de novembro, melhor mês da Bolsa brasileira, com o índice subindo 12,54%, foi marcado pela combinação de fatores domésticos e externos. No Brasil, início dos trâmites de aprovação da reforma tributária e reforço do compromisso do governo com a meta fiscal. Em Wall Street, novos indicadores econômicos, revelando desaceleração de preços, fizeram os investidores correrem às compras, intensificando as apostas de que o Federal Reserve (Fed) havia chegado ao limite do aperto monetário. 

 

Presente de Natal, em dezembro o Ibovespa avançou 5,38%, e chegou a atingir a marca histórica de 134.194 pontos no fechamento do dia 27. O mês foi marcado pela super quarta, com a decisão do Fed pela manutenção das taxas de juros e destaque no discurso de Jerome Powell, que reconheceu, pela primeira vez, o alívio do processo inflacionário. No comunicado, os membros do comitê do Fomc indicaram pelo menos 3 cortes para 2024, que surpreendeu positivamente os mercados. No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto, para 11,75%, com perspectiva de mais cortes nas próximas rodadas. Em Brasília, o congresso aprovou reforma tributária no dia 15 e consequência disso, a agência de risco S&P elevou o rating do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. Foi o conjunto de fatores para renovar o fôlego da Bolsa no último mês, e encerrar um 2023 histórico. 

 

Os destaques do mês:

Altas em dezembro

  • Grupo Soma (SOMA3): +24,79%
  • Pão de Açúcar (PCAR3): +21,19%
  • Siderúrgica Nacional (CSNA3): +19,73

Baixas em dezembro

  • Irb Br (IRBR3): -12,28%
  • 3R Petroleum (RRRP3): -12,34%
  • Casas Bahia (BHIA3): -15,70%

 

Os destaques do ano:

Altas em 2023

  • Yduqs (YDUQ3): +123,19%
  • Csn Mineração (CMIN3): +119,22%
  • Ultrapar (UGPA3): +114,66%

Baixas em 2023

  • Minerva (BEEF3): -38,88%
  • Pão de Açúcar (PCAR3): -40,67%
  • Casas Bahia (BHIA3): -81,03%

 

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