Usina nuclear sob ataque, PIB de 2021 e o que mais você precisa saber para investir bem hoje

Os mercados amanhecem nesta sexta (4) sob influência das más notícias vindas da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na noite de ontem, tropas russas bombardearam e tomaram o controle da maior usina nuclear da Europa, em território ucraniano, provocando o risco de uma explosão “10 vezes pior que Chernobyl”, segundo apontou Kiev.

Os russos assumiram o controle da instalação. A Agência Internacional de Energia Atômica informou que não há sinal de vazamento radioativo, mas o bombardeio deu a escala de até onde o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode ir para conseguir o que deseja.

Por volta das 07h45, o índice Euro Stoxx 50 registrava queda de 3,06%. Os contratos futuros americanos também operavam no vermelho: o Dow Jones caía 0,63%, o S&P 500 registrava retração de 0,58% e o Nasdaq estava em queda de 0,45%.

A semana termina com os investidores de olho também em dados macroeconômicos importantes no Brasil e nos Estados Unidos.

Por aqui, os olhares estarão voltados para os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre, que serão divulgados às 9h pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A expectativa de economistas é que a atividade brasileira tenha avançado 0,2% nos últimos três meses do ano na comparação com o período entre julho e setembro, encerrando 2021 com uma alta de 4,5%, mais ou menos em linha com o comportamento do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central).

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O dado trará o detalhamento de dados de consumo das famílias e investimentos, ajudando a calibrar as expectativas de analistas para a economia brasileira em 2022. Os especialistas ouvidos semanalmente no Boletim Focus, do BC, apostam em uma expansão de 0,30% na atividade neste ano.

Desemprego nos EUA

Os investidores estarão atentos também à divulgação do payroll, relatório sobre a criação de vagas e taxa de desemprego nos Estados Unidos em fevereiro que será informado pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas do país às 10h30.

Esse é o dado mais acompanhado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) para definição da política monetária –o novo ciclo de aumento de juros começa na próxima reunião do Fomc (comitê de política monetária do Fed), nos dias 15 e 16 de março.

Além de controlar a inflação, o Fed também deve perseguir o objetivo do pleno emprego.

Por que esse dado é acompanhado pelo mercado?

Quando os juros sobem no mercado americano, ativos de maior risco, como os de países emergentes como o Brasil, se tornam menos atrativos. Nesse cenário, nossos juros futuros tendem a subir para compensar esse movimento, e isso tem efeito direto sobre os investimentos em Bolsa e renda fixa.