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TradeMap Explica: Vai resgatar? Veja como fica o seu rendimento quando o pagamento do fundo é em 30 dias

Valor será definido após o final do período de cotização, que em geral ocorre após a data do pedido de resgate

Foto: Shutterstock

Tem dúvidas sobre quais passos dar para deixar as contas organizadas ou está com algum receio em relação a determinado investimento?

Lidar com o dinheiro sempre suscita certa insegurança, mas com conhecimento é possível tomar a decisão mais inteligente para encarar o universo financeiro, seja na hora de investir, economizar ou se planejar.

E se precisar de uma ajuda, é só enviar sua pergunta para o e-mail redacao@trademap.com.br que a coluna TradeMap Explica vai esclarecer todas as suas dúvidas sobre finanças pessoais e investimentos.

Tenho um fundo que o resgate é D+30. O valor da cota que irei receber é o do dia do pedido de resgate ou do dia em que o dinheiro cai na minha conta?

Essa confusão é comum entre os investidores que possuem fundos de investimento com prazo de resgate mais longo, principalmente quando o pedido é feito em períodos de maior volatilidade, o que tem sido a marca de 2022.

Para entender como esse mecanismo funciona, é preciso entender o que é uma cota e as diferenças entre os prazos de cotização e resgate.

A cota do fundo é uma fração do patrimônio dessa carteira. Se uma cota vale R$ 10 e o investidor coloca R$ 1.000, ele terá 100 cotas. À medida que os investimentos do fundo se valorizem ou desvalorizem, essa cota irá variar.

Já o prazo de cotização do resgate é o quanto de tempo leva, em dias, para que essas cotas detidas pelo investidor virem dinheiro. É ao final desse prazo que será definido o quanto o investidor irá receber de fato em sua conta.

Um exemplo hipotético é um fundo com cotização de 30 dias e cota de R$ 11 no dia do pedido de resgate. Vamos supor que no decorrer desse período, os ativos nos quais o fundo investe tiveram uma forte desvalorização e a cota no final do prazo passou a valer R$ 9,50. O investidor que tinha 100 cotas irá receber, portando, R$ 950.

Outro prazo é o de liquidação. Após a definição do valor da cota, o fundo tem um prazo para efetivar o pagamento na conta de investimento do cliente.

A soma dos dois prazos (cotização e liquidação) é o prazo do resgate, em geral expresso em D+0, D+1, D+30…

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Se um fundo de investimento tem prazo de resgate em D+0, significa que no dia em que o investidor pede o resgate os recursos estarão em sua conta. São as carteiras que investem em ativos extremamente líquidos, como títulos do Tesouro Selic.

Em um fundo com resgate em D+2, o dinheiro estará disponível dois dias úteis após o pedido. É comum encontrar fundos de ações que seguem índices ou que possuem papéis de alta liquidez com esses prazos de resgate de poucos dias.

Depende da liquidez

É justamente a liquidez do ativo investido que justifica esses prazos. Um fundo com títulos públicos ou de ações referenciado ao Ibovespa terá prazos curtos. Já as carteiras que investem em debêntures, ações no exterior ou ativos mais estruturados terão prazos de resgate mais alongado.

Em fundos mais sofisticados, e restritos, pode haver uma cotização diferenciada. É o caso do Access China Advantage, do BTG Pactual, destinado apenas a investidores profissionais (aqueles com patrimônio de mais de R$ 10 milhões).

O cliente deve fazer o pedido de resgate com uma antecedência de mais ou menos quatro meses da data em que quer ter o dinheiro em conta. A cotização do resgate dessa carteira é de 120 dias. Passado esse prazo, a conversão para dinheiro será feita no último dia útil de janeiro, abril, julho e outubro. O dinheiro só cairá na conta do cliente no segundo dia útil do mês subsequente à data da cotização.

Esses prazos e condições, inclusive o horário limite para fazer o pedido do resgate, constam da lâmina do fundo – documento que resume as características operacionais e indicadores da carteira.
Ao ter um fundo com prazo de cotização e resgate mais dilatados, o investidor deve levar dois fatores em consideração.

O primeiro é que fazer o pedido de resgate em um momento de maior turbulência dá a ele menos previsibilidade em relação ao quanto irá receber, já que em 30 dias, a depender do cenário, muita coisa pode acontecer.

Outro ponto a levar em conta ao fazer a aplicação em um fundo desse tipo é se não há risco de precisar dos recursos no curto prazo, justamente para que haja tempo de esperar esse período de maior volatilidade passar.

Há também prazo de cotização e liquidação para a aplicação, mas eles costumam ser curtos. O de liquidação para o aporte costuma ser D+0, ou seja, o dinheiro sai da conta do cliente no mesmo dia. Já a cotização da aplicação, a depender da liquidez do fundo, pode ser também em D+0 e, no caso de ativos menos líquidos ou negociados no exterior, pode levar mais alguns poucos dias (1 ou 2).

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