Tem dúvidas sobre quais passos dar para deixar as contas organizadas ou está com algum receio em relação a determinado investimento?
Lidar com o dinheiro sempre suscita certa insegurança, mas com conhecimento é possível tomar a decisão mais inteligente para encarar o universo financeiro, seja na hora de investir, economizar ou se planejar.
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Meu “score” de crédito caiu. Quando isso acontece? E posso fazer algo para melhorar a pontuação?
O score é uma pontuação atribuída ao consumidor pelas empresas de proteção ao crédito, como Serasa e Boa Vista Serviços. Os pontos variam de acordo com os hábitos de pagamento de cada um e indicam a chance de se honrar com as dívidas – quanto menor a pontuação, em tese, maior o risco de inadimplência.
Essa pontuação vai, em geral, de zero a mil. Isso significa que, para quem tiver zero, a empresa de proteção de crédito está indicando que é grande a probabilidade de o consumidor não conseguir pagar uma prestação. Já se tiver a pontuação máxima, a expectativa é que haja baixo risco de inadimplência.
Qual a nota?
Esse serviço é disponibilizado a instituições financeiras, como bancos e emissores de cartão, que vão consultar o score de um cliente que esteja pleiteando uma operação de crédito. Um baixo score pode levar a uma negativa ou um limite menor.
Segundo a Serasa, o brasileiro tem um score médio de 504 pontos, o que o colocaria na faixa classificada como “Boa” (501 a 700 pontos). A faixa “Baixa” vai até 300 pontos, a “Regular” varia de 301 a 500 pontos e a máxima, chamada de “Muito boa”, são os que conseguem entre 701 e 1.000 pontos.
E o que pode ser feito para melhorar o score? A pontuação muda de acordo com os hábitos de pagamento do consumidor.
Uma série de fatores são avaliados e podem dar ou tirar pontos ao consumidor: o número de créditos contratados, o pagamento em dia das dívidas, tempo de crédito, nome negativado em cadastros como Serasa e Boa Vista e as consultas ao CPF.
Essas consultas ao CPF de um consumidor ocorrem, em geral, quando ele vai contratar um novo crédito, quando pede um cartão ou tenta um financiamento de automóvel.
Excesso de consulta
No entanto, há alguns bancos ou emissores de cartões que de forma recorrente fazem essa consulta, o que pode afetar a pontuação do cliente.
“Várias consultas, num curto intervalo de tempo ou de maneira recorrente, indicam uma busca intensa por crédito, acendendo um ‘sinal de alerta’ no mercado”, justificou, em nota, o Serasa.
Uma pessoa com o nome negativado e que depois regulariza a situação terá uma melhora em sua pontuação, mas provavelmente nunca terá um score similar ao do consumidor que nunca precisou regularizar a sua situação.
E até mesmo o consumidor negativado tem chance, embora baixa, de ter acesso a um crédito. Mauricio Teramoto, head de crédito do C6 Bank, explica que, além da consulta do score, outros dados são levados em conta.
“Caso a dívida seja pouco relevante frente a outras obrigações que a pessoa tenha e estiver adimplente, ela interfere menos. Desta forma, é importante manter-se adimplente na maior quantidade de dívidas que possuir”, diz.