Nesta quarta-feira (09), o Ibovespa abriu o pregão com queda de 0,62%, aos 138.443 pontos, refletindo a cautela dos investidores frente às crescentes tensões comerciais impulsionadas pelos Estados Unidos. O mercado monitora a promessa de novos anúncios tarifários por parte do presidente Donald Trump, além da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve. No cenário doméstico, a participação do presidente do Banco Central brasileiro, Gabriel Galípolo, em audiência na Câmara dos Deputados e as negociações sobre o IOF.
Na véspera, Trump ampliou sua guerra comercial global ao anunciar uma tarifa de 50% sobre o cobre importado e sinalizar futuras tarifas sobre semicondutores, medicamentos e produtos de países do Brics, além de uma possível sobretaxa à União Europeia. Nesta quarta, prometeu divulgar medidas adicionais contra ao menos sete países.
A expectativa em relação à ata do FOMC, referente à reunião de 17 e 18 de junho, domina a agenda internacional. O documento pode evidenciar a divisão dentro do Fed sobre possíveis cortes de juros, diante da incerteza sobre o impacto inflacionário das tarifas de Trump. Enquanto isso, as bolsas internacionais operam com leve viés positivo.
Em Brasília, o presidente do BC participa de audiência na Comissão de Finanças e Tributação, enquanto o governo segue negociando com o Congresso alternativas ao aumento do IOF, após sua derrubada. Líderes do Executivo e Legislativo se reuniram para alinhar uma solução fiscal antes da audiência de conciliação no STF, marcada para a próxima terça-feira (15).
Mesmo com o feriado estadual em São Paulo, a B3 opera normalmente. O Ibovespa pode ser influenciado ainda pelo bom desempenho dos mercados internacionais, apesar das incertezas globais que continuam no radar dos investidores.
Por volta das 10h34, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Braskem (BRKM5): +9,25%
- Marfrig (MRFG3): +1,52%
- Vamos (VAMO3): +1,28%
Baixas
- PetroRecôncavo (RECV3): -3,67%
- Azzas (AZZA3): -2,33%
- CPFL Energia (CPFE3): -2,31%
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