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O que faz uma ação entrar em leilão na Bolsa?

Forte variação de preço ou volume de operações dispara o uso do mecanismo

Foto: Shutterstock/Bigc Studio

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O que acontece para uma ação entrar em leilão na Bolsa?

É comum o investidor se deparar com a informação de que uma determinada ação entrou em leilão. Por sinal, quem tem acompanhado o caso da Americanas (AMER3) ouviu por mais de uma vez que esse mecanismo seria adotado. Mas o que leva um papel a entrar em leilão?

O leilão é uma forma especial de negociação de uma ação, fora do pregão tradicional, e o objetivo é encontrar um melhor equilíbrio entre oferta e demanda.

Na B3, ocorrem os leilões diários, que são o pré-abertura e o pré-fechamento, e os esporádicos, que precisam atender a certas regras. Ou seja, os leilões podem ocorrer tanto no horário do pregão como fora dele, como é o caso do leilão pré-abertura.

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Os leilões diários são chamados 15 minutos antes da abertura do pregão e cinco minutos antes do fechamento. Também são chamados de “call de abertura” e “call de fechamento”. Todos os papéis estão sujeitos a ele, mas em geral são os de maior liquidez que concentram as atenções dos investidores.

Qualquer um pode colocar ordens de compra ou venda nesse momento. A execução, no entanto, irá depender do preço enviado estar de acordo com o que será definido no leilão, que é o chamado preço teórico.

Passado o leilão, se o papel estiver sem oscilação expressiva de preço ou volume, a ação vai para o pregão normal. Do contrário, segue mais alguns minutos em leilão.

Leilão extraordinário

Já os extraordinários respondem a alguma volatilidade específica, como a divulgação de alguma notícia que mexa muito com o papel e acontecem, muitas vezes, com o pregão já em andamento.

Os motivos que levam a esse leilão extraordinário são a variação de preço acima da média; o aumento do volume de negociação; a divulgação de um fato relevante; ou a pedido do diretor de pregão, quando identifica alguma anormalidade.

Os leilões são acionados quando as ações atingem determinados parâmetros, que a B3 chama de “túnel”. Há um “túnel de proteção”, que é quando a variação dos preços e volume estão fora do calculado pela Bolsa. Há também o “túnel de rejeição”, que impede que as ofertas sejam registradas quando estão fora dos intervalos.

E são justamente ações de baixo valor, como a da própria Americanas, que possuem mais chance de entrar em leilão, já que a mudança de poucos centavos no preço pode causar uma variação expressiva para cima ou baixo.

O leilão serve para que se encontre uma simetria melhor entre os preços de compra e venda em momentos de maior volatilidade – e por isso as ações das Americanas ficaram em leilão durante quase todo o pregão do dia 12 de janeiro, uma vez que a falta de clareza sobre os números da companhia dificultava chegar a um preço.

E é também esse o motivo que o leilão é acionado quando há a divulgação de um fato relevante. A ideia é que o mercado possa se ajustar à nova informação e assim a negociação ser retomada normalmente.

Assim como no leilão de abertura ou fechamento, o envio da ordem no leilão extraordinário não significa que ela será executada. Para o investidor não se frustrar, o melhor é enviar a ordem com preço fixo e, dessa forma, não tomará um grande susto – como comprar a um valor muito acima do esperado.

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