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Foto: Divulgação

Assim como já falamos em outros textos, o mercado financeiro é muito extenso e, por isso, não se limita apenas em ações e renda fixa, mas sim em outros diversos tipos de produtos. Hoje, vamos falar sobre opções, assim como suas principais características e riscos envolvidos nessa operação.

Antes de mais nada, temos que deixar claro que as opções são derivativos, ou seja, contratos financeiros que derivam de um determinado papel. No geral, a ideia deste mercado é minimizar os riscos de oscilação de um papel e garantir, assim, um potencial retorno para quem investe.

Podemos falar, basicamente, que as opções são instrumentos em que os investidores podem negociar um direito ou uma obrigação de comprar ou vender algum papel, sendo que ela é constituída por um preço de exercício e um prazo de validade pré-estabelecidos.

Bom, até aí tudo bem, certo? Agora vamos falar dos aspectos deste segmento e detalhar como você pode usá-lo em seus investimentos!

Como surgiu o mercado de opções e como funciona?
Infográfico desenvolvido por TradeMap (mercado de opções)
Infográfico desenvolvido por TradeMap

O mercado de opções surgiu com um ideal: proteção, ou mecanismos de hedge, aos produtores rurais contra a oscilação de preços dos seus produtos e eventos não recorrentes. Entretanto, hoje o segmento de opções é utilizado em grande parte por investidores que buscam especular o mercado financeiro.

Leia também: O que é o Mercado Futuro?

Em linhas gerais, existem duas figuras importantes no mercado de opções:

→ Lançador: quem se compromete a realizar o negócio futuro

→ Titular: possui o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo acordado

Dessa forma, o lançador e o titular fecham um contrato de opções, contendo uma data futura (vencimento) e um preço estabelecido, chamado de preço de exercício ou strike. Para manter o compromisso de realizar o negócio, o lançador recebe um prêmio, que nada mais é do que o valor do contrato.

Bom, nada melhor do que um exemplo para ilustrar como o mercado de opções funciona, não é mesmo?

Mas o que isso quer dizer?

O exemplo ao lado significa que tanto João quanto Maria assumiram um compromisso. Vejamos:

Enquanto João deu R$ 20 mil à Maria (prêmio), como forma de preferência pela venda do terreno daqui um ano, por R$ 100 mil, Maria terá que cumprir tal acordo, uma vez que se comprometeu.

Entretanto, João possui o direito de compra do terreno, mas não necessariamente a obrigação. Em tese, ele quer adquirir o espaço devido à potencial valorização que a região pode ter no futuro.

Suponhamos que o terreno seja valorizado e passe a valer R$ 200 mil em um ano. Dessa forma, João sairia na vantagem, já que teria um gasto total de R$ 120 mil (R$ 100 mil do terreno + R$ 20 mil do prêmio pago à Maria).

Seguindo o lado oposto, João também pode ser afetado com esse contrato, caso o terreno fosse desvalorizado e passasse a valer menos que R$ 120 mil. Assim, mesmo ele optando por não comprar a terra, ainda teria perdido R$ 20 mil pago à Maria como preferência à aquisição.

Bom, o exemplo acima foi feito para contextualizar o mercado de opções de uma forma mais clara e objetiva.

Quais são os tipos de opções?

Existem dois tipos de opções negociados no mercado financeiro:

  • Opções de compra, também chamadas de call
  • Opções de venda, conhecidas como put
Call

Entre as opções da bolsa, as mais negociadas são as opções de compra (call). Por isso, quem adquire esse título logo obtém o direito de comprar um determinado papel, com o preço estabelecido e data de vencimento marcada.

Nessa modalidade, o investidor só sai no lucro se o valor do ativo objeto estiver acima do strike somado ao prêmio.

Exemplo:

Um usuário compra uma opção por 30 centavos referente a uma ação de R$ 11. No momento em que ele decidirá exercer ou não a aquisição deste ativo é necessário que o papel esteja sendo negociado, pelo menos, a R$ 11,31 para que haja um lucro de R$ 0,01.

Put

Diferente da modalidade anterior, a put garante ao investidor que a comprou o direito de vender o ativo objeto, uma vez que o vendedor da opção se compromete a adquiri-lo. Isso pode ter soado bem confuso, não é mesmo? Mas fique tranquilo que explicaremos tudo!

Essa modalidade garante lucro ao investidor quando o preço da ação negociada esteja abaixo do valor do strike.

Claro que aqui encontramos dois quesitos: o investidor pode ter ou não a ação objeto de venda. Isso quer dizer que:

  • Se o investidor já possui o papel, ele provavelmente comprará a put como um seguro, já que tem em mente que o ativo pode ser desvalorizado no futuro e garantir, assim, a venda por um preço justo.

  • Já se o investidor não possui a ação objeto, ele pode ter em mente que ela será desvalorizada no futuro e comprá-la por um possível valor mais barato. Dessa forma, ao adquirir o ativo mais em conta, ele poderá vendê-lo mais caro ao lançador – que terá a obrigação de efetuar tal operação.

De qualquer forma, em ambos os casos, os compradores das opções terão prejuízos limitados ao prêmio pago. Já os vendedores estão sujeitos às despesas relativas para cada operação.

Como investir no mercado de opções?

Para investir no mercado de opções é necessário saber o código de cada contrato – constituído pelo ticker da ação, uma letra referente ao mês de vencimento e, por último, o strike. Vejamos abaixo:

Código do contrato de opções
Código do contrato de opções

Dessa forma, o código B3SAL46 refere-se a uma opção de compra da B3 com vencimento em dezembro e strike em torno de R$ 46.

Vale lembrar que o strike é sempre um valor aproximado e que em caso da empresa possuir ativo ordinário como preferencial também existem regras quanto ao sufixo do código.

O que determina o preço da opção?

Bom, até aqui já deu uma clareada sobre o mercado de opções, certo? Mas, afinal, como chegamos ao preço de cada contrato?

Existem, basicamente, dois fatores importantes para determinar o preço do contrato de opções: o tempo e o valor intrínseco.

Tempo

Cada contrato possui um prazo de validade. Por isso, seguindo a linha de que quanto maior for o espaço acordado, logo a projeção dos riscos será mais plausível. Assim, a data de vencimento influencia o preço da opção.

Valor intrínseco

O valor intrínseco nada mais é do que a vantagem imediata que o contrato fornece ao titular da opção.

Por exemplo: uma opção de compra com strike de R$ 18 referente a uma ação negociada a R$ 19 terá o valor intrínseco de R$ 1.

Agora chegamos a uma pergunta fundamental para todos os investidores:

Afinal, investir em opções vale a pena?

Cada investidor tem que ter em mente que todo tipo de investimento possui vantagens e desvantagens, assim como também pode conter riscos. Por isso, entender essas variáveis é um passo super importante antes de decidir, de fato, a investir.

Vantagens
  • Pode ter ganhos no curto prazo
  • Valor da operação é baixa
  • Possibilidade de diversificar a estratégia de aplicação
Desvantagens
  • Volatilidade mais alta, o que pode trazer riscos à operação
  • Risco de liquidez
  • Possibilidade de perder o dinheiro investido

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