No mercado de capitais existem grandes variações em relação à rentabilidade dos ativos. Por inúmeros fatores internos ou externos, um ativo pode ter ganhos ou perdas no mesmo pregão. Isso significa que o investidor deve tomar cuidado na hora de selecionar seus investimentos para não ficar exposto a perdas inesperadas.
Em geral, investidores conhecem bem as grandes empresas do mercado, que possuem uma alta correlação com a economia brasileira. Contudo, bons investidores pensam também em se proteger em cenários de crise econômica e, para isso, precisam escolher ativos que não tenham uma conexão direta com os rumos do país.
Esses ativos são conhecidos como ações defensivas e contam com o diferencial de não surpreender o acionista em caso de queda na bolsa de valores. Para encontrar esses papéis, procure por setores em que, mesmo com crise, não tenham forte queda no consumo dos serviços da companhia, como empresas de prestação pública: energia elétrica e infraestrutura.
Acontece que nem mesmo os melhores economistas conseguem prever de uma forma totalmente precisa o mercado financeiro. Dessa forma, investir dinheiro em ações defensivas garante uma certa segurança ao acionista. Claro que nenhum investimento vai ser cem por cento seguro, porém é um caminho que deve ser seguido, principalmente para quem começou neste ramo há pouco tempo.
Vale lembrar que essas ações não representam grande desempenho quando a bolsa está em alta, mas se destacam quando outros papéis caem no mercado acionário.
Por conta dessa estabilidade, essas ações são recomendadas para quem planeja investir em médio e longo prazo, já que não haverá um retorno financeiro imediato, mas sim com o passar do tempo. Você tem dúvida em relação ao tempo de aplicação? O TradeMap montou um artigo sobre Horizonte de Investimento para te ajudar com isso.

O que são ações cíclicas?
Existem setores que são influenciados pelo ambiente macroeconômico, como informa o Valor Econômico, e isso reflete diretamente em suas atividades operacionais, como companhias do segmento imobiliário. No mercado de capitais, chamamos esse movimento de ações cíclicas.
De um modo mais simples, podemos dizer que as ações cíclicas têm interferência pelos ciclos econômicos. Isso quer dizer que, caso a economia ande mal, as pessoas vão cortar alguns custos, como roupa ou lazer, e, dessa forma, os papéis das companhias listadas na B3 serão afetados.
Bom, e o que são ações anticíclicas?
Ao contrário da definição de ações cíclicas, esses papéis se movem em oposição ao mercado. Ou seja, quando a bolsa cai, as ações anticíclicas sobem, e vice-versa. Especialistas do ramo financeiro recomendam esses ativos para diversificar a carteira e ter um portfólio equilibrado, já que em caso do mercado deslanchar, o investidor não ficará totalmente no vermelho.
Um bom exemplo disso foi a retaliação da China em resposta aos Estados Unidos, que sugeriu tarifar em 10% os produtos chineses. As ações da B3, no dia 5 de agosto, despencaram e fecharam o dia no vermelho.
Quem compra IVVB11, por exemplo, é beneficiado quando o dólar sobe, uma vez que esse índice espelha a moeda norte-americana e o S&P 500 – que, por sua vez, abrange as maiores empresas negociadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos.
O Dólar é um ativo que oscila, em geral, na direção contrária ao movimento das ações do mercado brasileiro. Isso porque a entrada e saída de investidores do país é representado pela oferta e procura de reais ao redor do mundo.
