XP (XPBR31) perde reinado entre os apps de corretoras mais baixados em 2021 – confira o novo pódio

Segundo relatório do Bank of America, BTG, Modal e NuInvest ultrapassaram as marcas da XP em número de downloads no ano passado

A XP — plataforma de investimentos mais popular do Brasil e que também é dona das marcas Rico e Clear — deixou de dominar o pódio das corretoras com aplicativos mais baixados do País. É o que mostra um levantamento feito pelo Bank of America e divulgado nesta segunda-feira, dia 10.

De acordo com os dados, o ano de 2021 terminou com a liderança de um aplicativo do principal rival da XP, o BTG+, do BTG Pactual. Na segunda posição, aparece o Modal, que tem a corretora Modalmais e acabou de ser comprada pela XP, em anúncio feito na sexta-feira, dia 7. Em terceiro lugar, está a NuInvest (ex-Easynvest), plataforma do Nubank.

Segundo o relatório, o BTG+, lançado em BTG Pactual em setembro de 2020, teve mais de 5 milhões de downloads no ano passado. O Modalmais, por sua vez, conquistou 3,8 milhões novos usuários, enquanto o NuInvest ficou com pouco mais de 3,5 milhões.

O quarto lugar ficou com a Rico Corretora, com 2,9 milhões de downloads, e o quinto com a XP, com pouco mais de 2,7 milhões. Em 2020, as três primeiras eram todas da XP: Clear, a própria XP e Rico, nessa ordem. Em 2019, a liderança ficou com a XP. A Rico terminou em segundo e o BTG Pactual Digital, em terceiro.

Na avaliação dos analistas do banco que assinam o relatório, Mario Pierry e Antonio Ruette, as empresas que ultrapassaram a XP tiveram, cada uma, uma explicação.

O avanço do BTG foi impulsionada pelo lançamento de seu novo aplicativo, BTG +, lançado em setembro de 2020, quando a empresa entrou de vez no ramo do varejo, com um negócio voltado para a pessoa física.

Já o crescimento do Modal foi impulsionado por sua oferta pública inicial (IPO), ocorrido em junho do ano passado, quando a empresa levantou R$ 1 bilhão. De certa forma, pode se dizer que a XP se manteve no pódio, uma vez que comprou a Modal na semana passada, em uma operação avaliada em R$ 3 bilhões.

Já o NuInvest, ressaltam os analistas do BofA, teve a ajuda do próprio Nubank, que alavancou a plataforma após comprar a Easynvest em 2020, por R$ 2,3 bilhões.

Downloads aumentam, mas o engajamento nem tanto

O relatório do banco, que não fala apenas de corretoras, mas de todas as fintechs, mostra que os downloads mensais desses aplicativos como um todo foram, em média, de 21 milhões em 2021, contra 15 milhões em 2020 e 8 milhões em 2019. Os mais baixados foram Nubank, com 32,1 milhões; PicPay, com 28,2 milhões; e Banco Pan, com 21,3 milhões.

O aumento nos downloads, contudo, não foi acompanhado por um crescimento no engajamento das fintechs em geral. Os usuários ativos aumentaram 53 milhões em 2021, mas desaceleraram em relação à expansão vista em 2020, de 62 milhões.

Os dados sugerem, afirma o banco, que apenas 29% da base se engajou com os aplicativos em 2021, contra 34% em 2020 e 38% em 2019. Entre os principais bancos digitais, Pan e Nubank mostraram maior engajamento de sua base de clientes.

Quando é feita uma segmentação por corretoras, contudo, o engajamento cresce, de uma taxa média de 24%, em 2020, para 27%, em 2021. Em 2019, contudo, a taxa de engajamento dos usuários com os aplicativos era maior, de 31%.

O aumento no ano passado foi liderado pelo BTG Digital (41% para 57%) e pelo Modalmais (29% para 43%).

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