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WEG (WEGE3) entra em top 5 de recomendações para março após lucro bilionário no 4º tri; veja ranking

Seis instituições do mercado colocaram a WEG na carteira recomendada de março

Gabriel Bosa

Gabriel Bosa

Foto: Shutterstock/T. Schneider

O lucro bilionário registrado pela WEG (WEGE3) para o quarto trimestre do ano passado, divulgado na metade de fevereiro, parece ter animado alguns analistas do mercado, que passaram a colocar a ação da empresa na carteira das ações mais recomendadas para março.

A empresa reportou um lucro líquido no quarto trimestre de 2022 em linha com as expectativas do mercado, de R$ 1,1 bilhão, o que representa avanço de 36,5% frente ao visto no trimestre equivalente em 2021.

De acordo com a companhia, que atua no setor de bens de capital com soluções em máquinas elétricas, automação e tintas, o avanço se deu por bons resultados em grande parte dos negócios, tanto no Brasil quanto no exterior. 

Das 15 carteiras consultadas pela Agência TradeMap, seis indicaram a compra dos papéis da WEG, que deixou a empresa na quarta colocação entre as ações mais recomendadas para o mês.

Já o pódio de março repetiu o visto nos dois primeiro meses do ano, com Vale (VALE3) – a ação com maior peso no Ibovespa – liderando o total de indicações. Na sequência aparecem Itaú (ITUB4) e Prio (PRIO3), outros nomes que frequentemente figuram entre as ações mais recomendadas pelos analistas.

Por fim, a ação do varejista Assaí (ASAI3) segue na quinta posição do ranking, dessa vez com cinco indicações. Vale ressaltar que mais de uma ação recebeu cinco indicações, como a São Martinho (SMTO3) e a Multiplan (MULT3), mas a liquidez foi utilizada como critério de desempate para a seleção final do top 5. Veja:

Vale (VALE3)

A queridinha do mercado voltou a ficar mais uma vez no pódio das ações mais recomendadas para o mês de março, assim como foi visto ao longo de todo o ano de 2022. O papel da Vale, importante dizer, acumulou uma baixa de 9,72% ao longo de fevereiro. 

Contudo, o BB Investimentos ressaltou, em sua carteira recomendada para o mês, que a companhia apresentou um resultado robusto no quarto trimestre de 2022 com “perspectivas favoráveis para o cenário de custos”, o que, segundo a instituição, poderá contribuir para a entrega de bons números operacionais à frente.

No trimestre, a mineradora viu os resultados — principalmente o operacional, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado proforma das operações continuadas — superarem as expectativas do mercado. O lucro líquido veio dentro do esperado por alguns bancos e corretoras consultados pela Agência TradeMap.

Enquanto a XP esperava R$ 1,1 bilhão, o BTG projetava R$ 1 bilhão e a Genial e o Santander esperavam R$ 1,2 bilhão. Já o Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) do período somou R$ 1,5 bilhão, uma alta de 38,6% frente a igual período do ano anterior.

“No quarto trimestre, a empresa se beneficiou dos maiores preços realizados no minério de ferro, níquel e cobre, mantendo seus custos estáveis. Além disso, a empresa anunciou a distribuição de aproximadamente R$ 1,82 por ação em dividendos (total de R$ 8,1 bilhões) a serem pagos no dia 22 de março”, destacou o PagBank.

Na visão do BB, a ação ainda poderá ser beneficiada pela aceleração do ritmo da economia na China, o que deverá se refletir na manutenção de preços de minério de ferro.

“Além disso, a despeito dos diversos projetos em andamento, a companhia mantém como uma de suas prioridades a estratégia de retorno de caixa aos acionistas, por meio de sua política de dividendos e programas de recompra”, destacou o BB Investimentos.

Itaú (ITUB4)

O banco Itaú repetiu sua posição dos dois primeiros pódios de 2023, e dessa vez anotou 10 indicações entre bancos e corretoras. Assim como a Vale, o balanço do quarto trimestre de 2022 divulgado no último mês deixou os analistas animados com a ação.

Na sua carteira para março, a XP destacou que as ações do banco subiram 1,4% em fevereiro, e atribuiu essa valorização ao resultado robusto em 2022 e ao guidance para 2023. 

“O Itaú segue com operação mais eficiente entre os grandes bancos brasileiros, o que o coloca em boa posição para navegar o cenário macroeconômico desafiador que está por vir. Ademais, vemos o Itaú com índice de cobertura bastante saudável (e acima da média histórica) enquanto mantém as taxas de inadimplência sob controle”, disse a XP.

A EQI Research também vê o banco bem posicionado entre os pares, e considera sua carteira de crédito com uma “melhor qualidade”. “Não esperamos que seu nível de provisionamento tenha que aumentar na mesma proporção dos concorrentes”.

Prio (PRIO3)

Completando o pódio, a antiga PetroRio foi escolhida por sete das 15 casas consultadas pela Agência TradeMap. Segundo o PagBank, a ação da Prio está em um “bom momento de entrada”. 

Segundo a instituição, a empresa tem um baixo custo de extração, o que a ajuda a passar por momentos de volatilidade no preço do barril do petróleo. “As sinergias geradas pela interligação dos campos ainda não foram 100% capturadas, o que seguirá contribuindo no crescimento dos seus resultados. O fato de a companhia não ter controle estatal também ajuda”, diz o PagBank.

Contudo, empresas petrolíferas podem ter seus resultados pressionados a partir de março. No último dia de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai aplicar um Imposto de Exportação sobre petróleo de 9,2%.

Embora tenha retomado a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis, o governo não recompôs integralmente as alíquotas anteriores e precisava encontrar uma forma de compensar a perda de arrecadação. A cobrança vai vigorar por quatro meses, mas pode continuar após este período a depender do aval do Congresso.

WEG (WEGE3)

Após ter sido deixada um pouco de lado pelos analistas em 2022, a ação da WEG passou a ser uma das mais recomendadas para o mês de março depois de um balanço do quarto trimestre que agradou o mercado.

Em sua carteira para março, a Terra Investimentos destacou que a empresa é uma das maiores do Brasil no setor de bens industriais, com destaque por seu trabalho no segmento de fabricação de máquinas e equipamentos elétricos.

“A empresa deve manter o ritmo de crescimento, sendo o exemplo a crescente divisão de mobilidade elétrica e energias renováveis, com redução de custos de materiais e ganhos de produtividade”, diz a Terra. 

Essa ligação com energias renováveis também anima o BB Investimentos, que pontua que o processo de normalização na cadeia de suprimentos globais deve “contribuir para a manutenção das margens operacionais em função da menor volatilidade dos custos de matéria-prima, em especial commodities minerais e metálicas”.

Assaí (ASAI3)

Novamente entre as cinco ações mais escolhidas para março, o papel do Assaí também teve uma baixa em fevereiro. Mesmo assim, a XP vê a ação da companhia do atacarejo bem posicionada pelo perfil defensivo da empresa e pelos resultados do quarto trimestre, que vieram “sólidos e acima das expecatativas”, com as lojas convertidas do Extra operando em linha com o guidance.

Em um ano de expansão recorde de lojas, o Assaí viu a receita subir 38,1% no quarto trimestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 15,9 bilhões, segundo dados divulgados em fevereiro.

O resultado, porém, foi ofuscado pela alta dos juros e os custos para a abertura e conversão de novas lojas, refletindo na retração de 23% do lucro líquido da empresa no mesmo tipo de comparação, totalizando R$ 406 milhões.

“As despesas com vendas, gerais e administrativas foram equivalentes a 10% da receita líquida no trimestre e refletem, principalmente, os efeitos das despesas pré-operacionais referentes ao projeto de expansão”, informou o Assaí.

O papel é uma das preferências da XP para o setor, uma vez que a corretora espera que o formato de atacarejo ganhe participação de mercado no varejo alimentar e prevê bons resultados de curto prazo para a empresa.

 

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