Vendas no varejo crescem sem parar há 7 meses, diz Cielo (CIEL3), mas setor sofre na Bolsa

Maio é o sétimo mês consecutivo de alta no índice, e, em termos nominais, o ICVA apresentou alta de 23,9%

Foto: Shutterstock

A despeito da forte queda no preço das ações de grandes empresas varejistas na Bolsa, o setor registrou em maio o sétimo mês consecutivo de aumento anual nas vendas, já descontada a inflação do período. As informações são do ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado).

O indicador subiu 6,9% em maio na comparação com igual mês do ano passado. O avanço foi bem menor que o observado nos meses de março e abril, quando as vendas no varejo cresceram 18,0% e 20,5%, mas nestes dois meses o resultado estava distorcido pelo fato de, um ano antes, o setor ter sido prejudicado por medidas restritivas contra a Covid-19.

Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista sem descontar a inflação, o ICVA subiu 23,9% em maio em relação a igual mês de 2021.

ICVA de maio
Fonte: Cielo

O bom resultado de maio ocorreu a despeito de efeitos de calendário terem prejudicado as vendas neste ano. “Houve uma terça-feira a mais, dia de movimento menor no comércio, e um sábado a menos, dia em que as vendas costumam ser mais fortes, em comparação com o mesmo mês de 2021”, disse a Cielo em comunicado.

A empresa, porém, ressalta que o varejo ainda está faturando menos do que antes da pandemia.

Apesar dos dados da Cielo indicarem que o varejo está se recuperando, as ações do setor continuam entre as que mais sofrem dentre as listadas na B3.

O Icon, índice que inclui as ações mais negociadas dos setores de consumo e de saúde, acumula queda de quase 16% em 2022, enquanto grandes representantes do setor amargam perdas ainda maiores. É o caso de Magazine Luiza (MGLU3 -61%), Americanas (AMER3 -56%) e Via Varejo (VIAA3 -52%).

Destaques

“Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, todos os macrossetores apresentaram alta em relação a maio de 2021”, aponta a Cielo.

No macrossetor de bens duráveis e semiduráveis, o destaque ficou para o segmento de vestuário, e em relação aos não duráveis, quem se destacou foram os postos de gasolina. O macrossetor de serviços, turismo e transporte foi o que mais cresceu no período.

Em relação às regiões do Brasil, todas cresceram na base comparativa anual. No índice deflacionado, a região sudeste subiu 8,3%, a norte 7,5%, sul 7,2%, nordeste 4,5% e a centro-oeste 4,4%.

Sobre o ICVA

O Índice Cielo do Varejo Ampliado acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia.

O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

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