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Vai sair da poupança para investir? Vá para onde ninguém quer ir, diz Guide

Em meio ao cenário de juros e inflação pressionados, os brasileiros retiraram R$ 85,2 bilhões da caderneta de poupança no acumulado de 2022 até agosto

Em meio ao cenário de juros e inflação pressionados, os brasileiros retiraram R$ 85,2 bilhões da caderneta de poupança no acumulado de 2022 até agosto, um recorde para o período. Parte desse dinheiro está sendo alocado nos fundos de renda fixa, que no mês passado registraram saldo positivo de R$ 18 bilhões.

As incertezas com as contas do país a partir de 2023 e a falta de previsibilidade para o corte da Selic explicam essa preferência pela opção mais conservadora de fundos. Mas há opções melhores e que poucos estão dando atenção, segundo relatório da Guide Investimentos divulgado nesta quinta-feira (15).

Para os analistas da casa, a melhor estratégia para os investidores agora seria direcionar os recursos para ações, em especial as small caps, fundos imobiliários, além de índices de renda fixa que mirem prazos mais longos.

A avaliação é feita sob a perspectiva de que o Banco Central (BC) vá encerrar o ciclo de alta dos juros no atual patamar de 13,75% ao ano, e que a taxa deve começar a ser cortada a partir do segundo trimestre de 2023.

O Copom (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir na próxima semana para definir o futuro da Selic. A principal aposta do mercado é de manutenção dos juros, embora uma parcela dos analistas ainda acredite em um novo acréscimo de 0,25 ponto percentual na Selic, elevando a taxa básica para 14% ao ano.

A Guide afirma que mesmo em um cenário de juros estáveis, como o que se desenha neste momento, investimentos em ações de empresas small cap, em cotas de fundos imobiliários e em renda fixa longa apresentam retornos positivos, com rentabilidade de 21%, 10% e 9%, respectivamente, enquanto os títulos de renda fixa mais curta rendem 8%.

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A diferença é ainda maior em um período de queda dos juros. Neste caso, as ações de empresas menores rendem 44%, enquanto fundos imobiliários retornam 23% e a renda fixa longa, 21%. Nessa circunstância, a renda fixa de menor prazo gera retorno de 17%.

Ainda assim, o que os investidores estão fazendo é justamente saindo de fundos de ações e multimercado, e fazendo novos aportes nos fundos de renda fixa.

“Acreditamos que atualmente seja mais interessante fazer o contrário: investir em ações e fundos multimercados, e/ou renda fixa com foco em títulos de longo prazo”, disse a Guide no relatório.

“O momento é melhor para investimentos sensíveis aos juros, mas que ganhem caso a taxa básica de juros comece a cair nos próximos meses”, acrescentou.

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