Taesa (TAEE11) não vai crescer por crescer, diz executivo; veja o que esperar dos dividendos

Na TradeLive desta semana, empresa explica o que esperar para os próximos anos

Foto: Divulgação

Em meio às incertezas do mercado de capitais global, os investidores arrojados recorrem ao conservadorismo. Isso significa que as empresas de “valor”, com fluxo de caixa previsível, são alvos de compra – como é o caso da Taesa (TAEE11). 

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., como diz seu nome por extenso, sobe mais de 11% no ano, e a Taesa quer continuar crescendo para entregar retorno através da valorização das ações, não somente por meio dos famosos dividendos. 

Essa é a visão do head de Relações com Investidores da companhia, Cristiano Prado Grangeiro, em entrevista na TradeLive desta semana

Segundo ele, porém, a companhia não quer crescer por crescer. Independentemente do tamanho da concessão e a disputa nos leilões, a empresa avalia a taxa de retorno esperada para o empreendimento. Se agregar valor ao acionista, diz Prado, a empresa avaliará investir.

A Taesa opera mais de 14 mil quilômetros de transmissão de energia elétrica. Em dez anos, a companhia saiu de oito concessões para 41. A última está em processo de implementação, após ter vencido o leilão do Lote 10 da Aneel, no mês passado. 

Alavancagem está na conta

A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, da Taesa é um dos pontos de atenção dos investidores nos últimos meses.

A alta da taxa de juros em função do processo inflacionário brasileiro tem levantado a preocupação do mercado sobre os compromissos da companhia em relação à continuidade de sólidos pagamentos de proventos.

Na TradeLive, o head da empresa reconheceu que a alavancagem está acima do nível histórico da empresa, mas é explicada pelos altos investimentos realizados nos últimos seis anos. Desde 2016, segundo Prado, a empresa tem alocado altas quantias em Capex.

“O Capex e o endividamento vêm antes do Ebitda”, comentou Prado. Segundo ele, ao longo dos próximos anos, o nível de alavancagem da empresa diminuirá.

O que esperar da Taesa?

Com a constante disponibilidade de linhas acima de 99% de sua capacidade, a companhia atua com concessões periodicamente reajustadas, que, por sua vez, demandam investimentos que não inibem a forte distribuição de proventos. 

O atual DY (dividend yield) da empresa está em aproximadamente 9,5%. No ano passado, a distribuição de dividendos ou JCP (juros sobre capital próprio) foi de R$ 4,48 por ação. 

Histórico do DY da Taesa

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

Isso tudo com uma volatilidade menor do que o Ibovespa nos últimos 12 meses (18,15% contra 20,76%, respectivamente). 

As perguntas que ficam para o mercado são: dividendos ainda mais robustos estão no radar? Os recursos ficarão voltados para investimentos necessários em novas concessões? O endividamento da empresa pode preocupar?

Essas e outras questões, como o desinvestimento da Cemig (CMIG4), estatal mineira, no capital da Taesa, foram respondidas pelo executivo. Clique aqui e veja a entrevista completa!

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