Superquarta com definições de juros nos EUA e no Brasil – veja o que importa hoje

Momento econômico deixa bancos centrais em situações opostas com expectativa de aumento da taxa americana e fim do ciclo de alta da Selic brasileira

Foto: Shutterstock

A Superquarta trará duas decisões relevantes para o mercado financeiro brasileiro. Primeiro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) anuncia às 15h a nova taxa de juros da maior economia do mundo. A principal aposta é pelo terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual, mas dados da inflação piores do que o esperado na semana passada abriram brecha para quem enxergue aumento de 1 ponto percentual.

Mais do que o número, os investidores aguardam pelo discurso que o presidente do Fed, Jerome Powell, dará às 15h30. Os ouvidos vão buscar por possíveis pistas dos próximos passos da política monetária americana na tentativa de frear o aumento da inflação, que subiu 0,1% em agosto, ante uma queda de 0,1% esperada pelo mercado.

A principal preocupação, porém, é com o núcleo, que exclui itens com maior volatilidade de preços (energia e alimentos). Sem considerar a forte queda da gasolina, essa medida de inflação mostrou alta de 0,6%, o dobro do projetado por analistas.

À espera da decisão, os índices futuros americanos sobem na manhã desta quarta. Por volta das 8h, o Dow Jones estava em alta de 0,33%, o S&P 500 subia 0,30% e o Nasdaq ganhava 0,12%. No mesmo horário, o Eurostoxx 50, principal índice europeu, subia 0,11%.

Por que isso importa? 

Juros mais altos em grandes economias retiram a atratividade de ativos de países emergentes como o Brasil. Além disso, o receio é que o aperto monetário nos EUA leve a uma recessão global, o que também impactaria a economia brasileira.

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Juros vão subir nos EUA, mas mercado vai olhar para outra parte da decisão do Fed

Superquarta também traz decisão sobre juros do Brasil

Investidores brasileiros também aguardam pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a Selic que será divulgada após às 18h30. Ao contrário do cenário americano, por aqui as maiores apostas estão no encerramento do ciclo de alta na taxa básica de juros no atual patamar de 13,75% ao ano.

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Copom: BC deve sinalizar fim do maior ciclo de alta da taxa Selic desde 1999

Caso isso ocorra, será o primeiro encontro desde março de 2021 em que uma reunião do Copom encerra sem o aumento da taxa básica. De lá para cá, a autoridade monetária elevou a Selic em 11,75 pontos percentuais, um dos maiores choques nos juros desde a criação do plano real.

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