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SulAmérica (SULA11) e outras ações de saúde sobem em bloco com suspensão do piso de enfermagem

Decisão mostra que o STF deve avaliar possíveis impactos antes de aprovar a lei, dizem analistas

Foto: Shutterstock

A suspensão temporária da lei que estabelece um piso salarial para profissionais da enfermagem, concedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso no domingo (4), traz um alívio temporário para as companhias do setor, que vinham sendo pressionadas por temores de aumento de custos.

Em resposta, as ações das empresas de saúde subiam em bloco no pregão desta segunda-feira (5). Por volta das 13h35, SulAmérica (SULA11), Rede D’Or (RDOR3) e Dasa (DASA3) se destacavam, com avanços de 4,25%, 3,85% e 1,78%, respectivamente.

A suspensão da lei por até 60 dias é uma resposta a um pedido da CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços), que questionou a constitucionalidade da lei, alegando que são necessários mais estudos em relação aos possíveis impactos, principalmente em termos de demissões, fechamento de leitos hospitalares e queda de qualidade se serviços.

Agora, a decisão de Barroso deve ser validada por outros ministros em uma sessão virtual.

Segundo analistas, o mercado já esperava que alguma medida fosse tomada – mas isso não impede a alta das ações. “Apesar de esperado, o acontecimento é encorajador, então esperamos uma reação de mercado positiva para os nomes de saúde”, escreveram Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima, analistas do BTG Pactual, em relatório distribuído hoje.

O analista da XP Investimentos Rafael Barros, também em relatório de hoje, acrescenta que, ainda que a decisão seja temporária, ela mostra que o STF pretende analisar os impactos da lei antes de tomar uma decisão definitiva.

Na avaliação do BTG, mesmo que a lei já estivesse em vigor desde o mês passado, as empresas privadas ainda não tinham implementado os pisos, de modo que a decisão de ontem ameniza o risco de potenciais impactos de custo, ao menos para este ano.

A XP, por sua vez, recomenda cautela “enquanto não houver uma decisão definitiva sobre essa lei”.

Por outro lado, os analistas do BTG apontam que, caso a lei do piso de fato seja implementada, o mercado brasileiro de saúde pode passar por um momento de consolidação, com empresas menores perdendo espaço. Nesse sentido, o banco afirma preferir Hapvida (HAPV3), Rede D’Or, SulAmérica, Viveo (VVEO3) e Mater Dei (MATD3), “que estão bem posicionadas para surfar o crescimento do mercado e a tendência de consolidação”.

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