Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

O impacto do piso para enfermeiros em empresas como Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3), segundo o BTG

Novo piso nacional da categoria prevê uma remuneração mínima de R$ 4.750 para enfermeiros

Foto: Shutterstock

O Senado voltou a discutir nesta quinta-feira (2) o piso salarial para enfermeiros no Brasil. Após as duas casas do Congresso aprovarem um valor mínimo de remuneração para a categoria, agora o debate gira em torno de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dê segurança jurídica ao piso, para evitar que a proposta aprovada seja suspensa por tribunais do país.

Em relatório distribuído nesta quinta-feira (2), os analistas que acompanham o setor de saúde no BTG Pactual publicaram estimativas com impactos do novo piso salarial no balanço das principais empresas listadas na Bolsa, como Hapvida (HAPV3), Rede D’Or (RDOR3), Dasa (DASA3) e Mater Dei (MATD3) — se a nova legislação for aprovada e implementada.

O novo piso nacional da categoria prevê uma remuneração mínima de R$ 4.750 para enfermeiros, de R$ 3.320 para técnicos em enfermagem e de R$ 2.370 para auxiliares de enfermagem.

⇨ Quer acompanhar as cotações das suas ações na B3 em TEMPO REAL? Inscreva-se no TradeMap!

Para os analistas do banco, a empresa que mais deve ser afetada é a Hapvida, que atua tanto em hospitais quanto em planos de saúde. Pelas contas do BTG, deverá haver um efeito negativo de 6 % a 7% no Ebitda (lucro calculado antes do pagamento de juros e impostos e perdas com depreciações e amortizações) anual.

No ano passado, a Hapvida registrou Ebitda de R$ 1,43 bilhão, recuo de 28,8% na comparação com 2020. Já no primeiro trimestre deste ano, o indicador ficou positivo em R$ 470 milhões (já incluindo o ganho da NotreDame, incorporada no início do ano), o dobro do resultado das duas companhias somadas no primeiro trimestre do ano passado.

Segundo o BTG, companhias como Rede D’Or, Dasa e Mater Dei devem ter um impacto menor no Ebitda anual, de algo entre 2% e 3%.

⇨ Acompanhe as notícias de mais de 30 sites jornalísticos de graça! Inscreva-se no TradeMap!

“Embora o efeito seja negativo para todos os players, acreditamos que os grandes consolidadores (como as empresas listadas na Bolsa) são os mais preparados para compensar qualquer aumento de custos através de medidas de eficiência ou aumentos de preços”, afirmam os analistas.

Entre as empresas do setor de saúde, o BTG tem preferência pelas ações de Rede D’Or, SulAmérica (SULA11), Hapvida, Viveo (VVE03) e Mater Dei — “pois parecem bem posicionadas para atuar no mercado, com tendência de crescimento e consolidação do setor”, diz o banco.

 

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.