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Snap revisa projeções, cai 40% e derruba outras ações de tecnologia

Companhia havia projetado crescimento entre 20% e 25% da receita no período de abril e a junho em relação à registrada no mesmo período de 2021

Foto: Shutterstock

As ações da empresa americana de rede social Snap derretiam nesta terça-feira (24), depois de a companhia anunciar que não irá conseguir atingir suas projeções de lucro e receita para o segundo trimestre, divulgadas há apenas um mês, citando a deterioração mais rápida do que a prevista do cenário econômico.

Por volta das 12h45, o papel tinha queda de 40,42% na Bolsa americana, cotado a US$ 13,39.

O anúncio da Snap gerou preocupações sobre a performance de outras empresas de tecnologia americanas diante da desaceleração da economia global e levaram à desvalorização de diversos papéis do setor, como Meta (em queda de 8,82%), Google (-5,22%), Twitter (-4,09%) e Pinterest (-24,55%).

O Nasdaq, índice que engloba estes ativos, caía 2,88%, aos 11.202 pontos.

Revisando projeções

Quando divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2022, em 21 de abril, a Snap projetou crescimento entre 20% e 25% da receita no período de abril e a junho em relação à registrada no mesmo período de 2021. Para o Ebitda ajustado, a estimativa era entre o breakeven (o equilíbrio) e US$ 50 milhões positivos.

Além de ter informado que não espera alcançar as projeções de lucro e receita, a Snap também afirmou a funcionários que planeja desacelerar contratações e gastos, de acordo com um memorando obtido pela agência de notícias Reuters.

No comunicado, o CEO da Snap, Evan Spiegel, disse que a companhia está lidando com uma série de problemas, como o aumento na inflação, as mudanças na política de privacidade da Apple e os impactos da guerra na Ucrânia.

No primeiro trimestre, a Snap reportou prejuízo por ação de US$ 0,02, acima dos US$ 0,01 esperados pelo mercado, de acordo com a corretora Avenue. A receita, por sua vez, subiu 37,8% em relação aos mesmos três meses de 2021, para R$ 1,06 bilhão, enquanto a estimativa do mercado era de R$ 1,08 bilhão.

Zoom foge do padrão

Uma das exceções entre os papéis de tecnologia era o Zoom, que tinha alta de 5,14%, a US$ 93,92, depois de divulgar, na segunda-feira (23), lucros acima das expectativas do mercado e revisar suas estimativas de receita e lucro para o próximo trimestre e para o ano, confiante no crescimento da demanda.

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A projeção do Zoom para o lucro líquido ajustado do ano passou para a faixa entre US$ 1,48 bilhão e US$ 1,5 bilhão, ou de US$ 3,70 a US$ 3,77 por ação. Anteriormente, a estimativa era de lucro líquido ajustado entre US$ 3,45 e US$ 3,51 por ação.

A previsão da companhia refere-se ao ano fiscal de 2023, que começa em fevereiro de 2022 e termina em janeiro de 2023. A expectativa do Zoom para a receita no período é de US$ 4,53 bilhões a US$ 4,55 bilhões.

Para o próximo trimestre, a companhia espera obter receita entre US$ 1,115 bilhão e US$ 1,120 bilhão, enquanto o lucro líquido ajustado deve ficar entre US$ 360 milhões e US$ 365 milhões (ou entre US$ 0,90 e US$ 0,92 por ação).

“No primeiro trimestre, nós lançamos o Zoom Contact Center, o Zoom Whiteboard e o Zoom IG for Sales, demonstrando nosso foco contínuo em melhorar a experiência do cliente e promover o trabalho híbrido”, disse o fundador e CEO do Zoom, Eric S. Yuan, no relatório de balanço. “Acreditamos que essas soluções inovadoras irão expandir ainda mais nossa oportunidade de mercado para crescimento futuro e expansão com clientes.”

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