A partir de 30 de janeiro, o investidor terá uma nova opção na prateleira de títulos públicos do Tesouro Direto: o Tesouro RendA+. Por meio do papel, será possível planejar uma data para aposentadoria, garantindo o recebimento de uma renda extra por 20 anos.
De acordo com o Tesouro Nacional, inicialmente serão oferecidas oito opções de vencimento do novo título – os prazos variam entre 2030 e 2065. Quem carregar o papel até o vencimento terá isenção da taxa de custódia da B3, valor limitado até seis salários mínimos de renda mensal.
De acordo com o órgão, que lançou o título oficialmente nesta terça-feira (27), a aplicação permitirá até 40 anos de acumulação, sempre com 20 anos de fluxo de renda mensal futura.
Será corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e uma taxa de juros real, e o valor mínimo de investimento é de cerca de R$ 30. O papel terá liquidez diária, ou seja, o investidor poderá sacar os recursos quando desejar.
A ideia do lançamento é simplificar o planejamento da previdência, determinando um período de acumulação de recursos, durante o qual o investidor não receberá juros. Após esse período, ele terá acesso a um rendimento mensal estipulado no momento da aplicação.
“A principal inovação é a simplicidade. É um título sem risco, já que é garantido pelo Tesouro Nacional, de baixo custo, é rentável e seguro contra a inflação, uma vez que é corrigido pelo IPCA e uma taxa de juros real”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle.
De acordo com o Tesouro, o valor investido será devolvido em 240 prestações mensais (pagas em 20 anos), corrigido mensalmente pela inflação. “Inicialmente serão ofertados oito títulos, com o primeiro vencimento em 15 de janeiro de 2030”, explicou o órgão em nota.
Veja abaixo os títulos que serão oferecidos:

Taxa de custódia
De acordo com o órgão, o investidor que carregar o RendA+ até o vencimento estará isento da taxa de custódia, regra que vale para renda mensal de até seis salários mínimos.
O investidor que realizar o resgate antecipado em um período inferior a 10 anos pagará taxa sobre o valor de resgate, de 0,50% ao ano.
“Entre 10 e 20 anos, a taxa cobrada será de 0,20% ao ano. Acima de 20 anos, 0,10% ao ano. Além disso, não há mais cobranças de taxas semestrais, ou seja, o investidor só paga a taxa de custódia da B3 no momento do resgate que ocorrer antes do vencimento do título”, apontou o órgão em nota.
A variação da taxa de custódia ocorrerá da seguinte forma:
O Tesouro Direto completa 20 anos de existência neste mês. “O Tesouro Direto é porta de entrada do investidor no mundo dos investimentos. É produto flexível, cada investidor pode montar sua carteira com diferentes indexadores e diferentes prazos, e é bastante acessível ao cidadão”, afirmou Valle.
Tributação maior que previdência
Ao lado da ausência de taxa de administração, a taxa de custódia zerada para quem carregar o papel até o vencimento são as vantagens do papel em relação a fundos de previdência.
Por outro lado, a tributação é maior do que a dos fundos de previdência. Nos fundos, quem mantém os recursos por mais de 10 anos paga uma alíquota de 10% de Imposto de Renda. No RendA+, a alíquota mais baixa é de 15%.