Desde que abriu capital na Bolsa brasileira, a Raízen (RAIZ4), empresa resultante de uma joint venture entre Cosan (CSAN3) e Shell, tem apresentado uma proposta de valor diferente: voltada à energia renovável.
A companhia, fundada em 2011, já é a quarta maior empresa do Brasil em termos de faturamento. A Raízen é segunda maior distribuidora de combustíveis do país, com 70 terminais de distribuição.
Uma das apostas relevantes da empresa no Brasil, inclusive, é o crescimento do combustíveis renováveis e afins antes da ascensão da eletrificação, segundo o Head de Relações com Investidores da Raízen, Phillipe Casale, na TradeLive da última terça-feira (19).
As margens da companhia, principalmente no segmento de renováveis, é pressionada nesse cenário. Resultado: queda de 28% das ações no acumulado do ano.

No quarto trimestre do ano-safra, que terminou em 31 de março, o segmento de renováveis, que engloba produção, comercialização, originação e trading de etanol, representou 32,5% do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).
Segundo Casale, a melhor mensuração do desempenho da empresa é a rentabilidade sobre o capital empregado e, neste momento, os investimentos que vêm sendo feitos em projetos e ampliações do negócio.
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O momento, inclusive, é de acelerar o crescimento e não pagar dividendos. O executivo da empresa afirmou que os recursos levantados no IPO, há quase dois anos, estão sendo empregados na tentativa de avanço nas linhas de negócio.
Com isso, a remuneração aos acionistas fica concentrada no futuro — ou então através das recompras de ações que foram feitas.
No que se refere à PEC dos Benefícios, que amplia benefícios sociais até o fim de 2022 e deve injetar R$ 41,25 bilhões na economia, a empresa pode ser favorecida com o maior volume de vendas do segmento de distribuição.
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