Raízen (RAIZ4) deve ganhar com imposto maior sobre combustíveis, diz Goldman Sachs

Volta dos impostos ajudaria a aumentar valor dos estoques e competitividade do etanol

Foto: Shutterstock/rafapress

A volta da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis deve favorecer as empresas que distribuem esses produtos e, em particular, a Raízen (RAIZ4), segundo relatório divulgado pelo Goldman Sachs. 

De acordo com o banco americano, como a medida deve elevar o preço dos combustíveis na bomba, as empresas que distribuem gasolina e etanol devem registrar um aumento no valor dos estoques no primeiro e no segundo trimestre deste ano – movimento contrário ao que ocorreu quando o governo desonerou os produtos

“Além disso, lembramos que a medida pode beneficiar a unidade de combustíveis renováveis da Raízen, porque pode levar a um maior preço realizado de etanol”, disse o Goldman Sachs, no documento.

Com a volta da cobrança de impostos federais sobre combustíveis, a tendência é que a demanda por etanol se recupere, já que a gasolina sofre uma taxação maior e o combustível renovável voltaria a ter um preço mais competitivo na bomba, acrescentou o banco americano.

Alerta do Goldman Sachs para a Petrobras 

No mesmo relatório, o Goldman Sachs também fez um alerta em relação à Petrobras (PETR4).

Na segunda-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a companhia pode reduzir o preço dos combustíveis em paralelo à reoneração desses produtos, a fim de mitigar o impacto financeiro da medida para os consumidores. 

Nas contas do Goldman Sachs, se o governo federal retomar a cobrança de impostos sobre a gasolina e o etanol com as alíquotas anteriores, o preço dos combustíveis nos postos aumentaria respectivamente R$ 0,69 e R$ 0,24 por litro.

“Se a Petrobras assumisse o ônus de reduzir os preços da gasolina para compensar a volta dos impostos, teria um impacto estimado de US$ 5 bilhões no Ebitda e de cerca de US$ 3,3 bilhões no fluxo de caixa, no ano”, disse o banco americano.

O Goldman Sachs atribui recomendação neutra tanto às ações da Petrobras quanto aos papéis da Cosan (CSAN3), empresa controladora da Raízen.

Por volta das 10h40, as ações da Raízen subiam 1,32%, para R$ 3,08, enquanto as da Cosan tinham alta de 1,20%, a R$ 15,15. Os papéis preferenciais da Petrobras avançavam 2,18%, para R$ 26,72.

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