A Tesla (TSLA34) apresentou ao mercado, após o fechamento do pregão na última quarta-feira (19), seu resultado referente ao terceiro trimestre deste ano. O período entre julho e setembro trouxe notícias boas e ruins.
De um lado, o lucro líquido da montadora de Elon Musk mais do que dobrou na comparação anual, para US$ 3,29 bilhões. O LPA (lucro por ação) da Tesla atingiu US$ 1,05, enquanto o esperado pelo mercado era de US$ 0,99.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um avanço de 55% em um ano, para US$ 4,96. A margem Ebitda da empresa chegou a 23,2% entre julho e setembro – superando pares como Toyota, Honda e Ford.
Do outro lado, a receita total atingiu US$ 21,45 bilhões, forte crescimento de 56%, mas que decepcionou o mercado. Os investidores esperavam que o faturamento da empresa atingisse US$ 21,96 bilhões.
O que achamos
O resultado da Tesla foi positivo durante o período em que a inflação acelerou nos Estados Unidos. Além de o faturamento superar por muito o aumento de preços no período, mostrou que há demanda resiliente, mesmo com poder de compra da população reduzido.
Mesmo no que se refere especificamente à receita automotiva, que atingiu US$ 18,69 bilhões, alta de 55% em 12 meses, o resultado foi bom. Hoje, a companhia não é mais altamente dependente da venda de créditos de carbono como nos últimos anos.
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O desapontamento do mercado ante a Tesla, com os cerca de US$ 500 milhões a menos de receita total, diz respeito ao medo de uma desaceleração da companhia. Afinal, os múltiplos da empresa na Bolsa projetam um forte avanço dos números da montadora por anos a fio.
Entretanto, há de se ressaltar a solidificação da empresa com o mercado de eletrificação ganhando tração mundo afora. Hoje, a Tesla já não é uma empresa do futuro e entrega valor no presente. A geração de caixa da empresa somou US$ 3,29 bilhões no terceiro trimestre, alta de 148% em um ano.
Como as ações da Tesla devem reagir
Os papéis da Tesla operam em queda no pré-market em Nova York. A baixa de aproximadamente 5%, por volta das 9h45, dirige os holofotes à linha do balanço que não superou as expectativas. O restante do resultado da empresa, todavia, é satisfatório.