Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Powell vê riscos para inflação e reforça tom mais duro do Fed; bolsas dos EUA caem

Presidente do banco central americano indicou que Fed ainda vê risco de alta para inflação, o que demandará um aperto maior de juros

Foto: Shutterstock/Paul Brady Photography

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reforçou a preocupação com os riscos de alta da inflação em 2023, que deve requerer um aperto de juros maior, com a taxa básica devendo ficar em patamar elevado no ano que vem.

O tom mais duro do banco central americano, que elevou a projeção para a taxa básica de juros no fim do ciclo em 2023 para de 4,6% para 5,1%, provocou a queda das bolsas americanas.

Por volta das 18h, o índice S&P 500 recuava 0,61%, enquanto o Nasdaq caía 0,76%.

O Ibovespa, contudo, não acompanhou esse movimento e operava em alta, refletindo o cenário político local.

Já o dólar fechou em queda de 0,27%, a R$ 5,30.

Alta de 0,50 ponto dos juros nos EUA

O banco central americano desacelerou o ritmo de alta de juros e elevou a taxa básica em 0,50 ponto, para o intervalo entre 4,25% e 4,5%, o maior patamar em 15 anos.

O presidente do Fed, contudo, deixou em aberto se manterá esse ritmo de alta na reunião de fevereiro ou se vai optar por mais duas elevações de 0,25 ponto em 2023. Ele também não indicou a possibilidade de corte no ano que vem, segundo Tiago Negreira, economista da Macro Capital.

Para o banco C6, os juros permanecerão altos nos EUA por um tempo prolongado para esfriar o mercado de trabalho e trazer a inflação para a meta.

“Acreditamos que a taxa terminal deve ficar no intervalo entre 5% e 5,25% e que os cortes de juros virão somente em 2024”, afirma Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank.

O Fed elevou a projeção para a taxa de desemprego para 2023 de 4,4% para 4,6%, e reduziu a previsão de crescimento do PIB (Poduto Interno Bruto) de 1,2% para 0,5%.

“Apesar do crescimento bem mais fraco previsto para o ano que vem, parece que o Fed está comprometido em trazer a inflação para a meta, mesmo que isso possa causar um aumento da taxa de desemprego”, afirma Negreira.

Apesar de os dados recentes da inflação nos Estados Unidos mostrarem uma desaceleração, Powell reforçou que os membros do Fed ainda veem riscos de alta e que serão necessárias mais evidências para se ter confiança de que a elevação de preços está em uma trajetória descendente sustentada.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.