O MME (Ministério de Minas e Energia) divulgou na noite de quinta-feira (9) a lista dos executivos indicados para compor o conselho administrativo da Petrobras. Na proposta, além de confirmar Caio Paes de Andrade como novo CEO da petrolífera, o governo indicou Gileno Gurjão Barreto para a presidência do colegiado.
Atualmente Barreto é presidente da Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), uma empresa estatal que atua no desenvolvimento de soluções de tecnologia para o governo federal.
Veja as indicações do MME para preencher as cadeiras:
- Gileno Gurjão Barreto – Presidente do conselho
- Caio Mario Paes de Andrade – CEO e Membro
- Edison Antonio Costa Britto Garcia – Membro
- Iêda Aparecida de Moura Cagni – Membro
- Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro – Membro
- José João Abdalla Filho – Membro
- Marcelo Gasparino da Silva – Membro
- Márcio Andrade Weber – Membro
- Ricardo Soriano de Alencar – Membro
- Ruy Flaks Schneider – Membro
Desses nomes, Abdala Filho, da Silva, Schneider e Weber já pertencem ao atual conselho da companhia. Além disso, os dois primeiros já haviam sido indicados anteriormente pelos acionistas minoritários.
A troca de todo o conselho se faz necessária, pois o presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho, foi eleito pelo sistema do voto múltiplo, uma modalidade que permite concentrar votos em determinados candidatos, o que favorece acionistas minoritários, em uma assembleia no dia 13 de abril.
Após a aprovação de sua destituição e indicação de Andrade para o novo posto de CEO, os demais membros eleitos para o conselho no mesmo processo também foram destituídos, uma vez que, pelas regras em vigor, quando um conselho é formado por voto múltiplo, a saída de um único membro cria a necessidade de uma nova eleição.
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Por que Bolsonaro trocou (de novo) o CEO?
O pedido para destituir Coelho, que ficou no comando da Petrobras por aproximadamente 40 dias, evidenciou o descontentamento do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços de combustíveis adotada pela companhia.
Coelho foi indicado o cargo para substituir o general Joaquim Silva e Luna, que por sua vez havia sido alçado ao posto em abril de 2021 no lugar de Roberto Castello Branco.
Em todas as substituições, a política de preços realizada pela estatal esteve no foco e foi motivação para as decisões tomadas pelo presente da República, Jair Bolsonaro. Atualmente, a Petrobras equipara os valores cobrados por estes produtos no mercado interno aos do mercado externo.