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Novo presidente na Petrobras (PETR4) exigiria troca do conselho inteiro; ADRs caem 12%

Além da substituição do então presidente José Mauro Coelho para o novo Caio Paes de Andrade, haverá troca no conselho da estatal.

Foto: Shutterstock

Após o governo pedir a destituição do atual presidente da Petrobras (PETR4), José Mauro Ferreira Coelho, e a nomeação de Caio Paes de Andrade para o cargo, a estatal divulgou uma nota ao mercado na noite de segunda-feira (23) afirmando que, para a substituição ocorrer, haverá uma dança das cadeiras também no conselho de administração da estatal.

De acordo com a Petrobras, isso ocorrerá pois Coelho foi eleito pelo sistema do voto múltiplo, uma modalidade que permite concentrar votos em determinados candidatos, o que favorece acionistas minoritários, em uma assembleia no dia 13 de abril.

Após a aprovação de sua destituição, os demais membros eleitos para o conselho no mesmo processo também serão destituídos.

A expectativa é de que a Petrobras convoque nova assembleia de acionistas para tratar do tema.

Por que mais uma troca?

O pedido para destituir Coelho, que está no comando da Petrobras há cerca de 40 dias, evidencia o descontentamento do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços de combustíveis adotada pela companhia.

Coelho havia sido indicado para o cargo para substituir o general Joaquim Silva e Luna, que por sua vez havia sido alçado ao posto em abril de 2021 no lugar de Roberto Castello Branco.

Em todas as substituições, Bolsonaro deixou claro que as trocas estavam vinculadas ao desejo do governo de alterar a política de preços para os combustíveis usada pela Petrobras, que equipara os valores cobrados por estes produtos no mercado interno aos do mercado externo.

O novo indicado do governo para presidir a Petrobras será Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital no Ministério da Economia e indicado pelo ministro Paulo Guedes.

Apesar de ser considerado um nome técnico, a quarta substituição seguida no comando da empresa é vista como um mau sinal pelo mercado.

Por volta das 9h desta terça-feira (24), os ADRs (recibos de ações da empresa negociados em bolsas estrangeiras) da Petrobras caíam 12% nas negociações de pré-mercado em Nova York. Ontem, antes do anúncio da troca, estes papéis haviam fechado o pregão americano em alta de 5,5%.

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