Nesta quarta-feira (15), o índice Ibovespa iniciou o pregão com alta de 0,23%, aos 142.015 pontos, às 10h33. Porém, o mercado opera de forma cautelosa, refletindo fatores domésticos ligados à política monetária e ao varejo, ao mesmo tempo em que investidores internacionais monitoram tensões comerciais entre Estados Unidos e China e impactos das decisões do Federal Reserve.
No Brasil, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, participa de evento do Goldman Sachs às 12h, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em comunicado enviado do FMI que o núcleo da inflação permanece elevado, exigindo atenção do Banco Central. Haddad também ressaltou perspectivas favoráveis para a economia brasileira no médio prazo, apesar das pressões persistentes nos preços.
No exterior, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou novas tarifas contra a Espanha por questões de defesa, e a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou que a ausência de retaliação dos países frente às tarifas americanas tem contribuído para a estabilidade da economia global. Além disso, o aumento das tensões entre EUA e China reacende a cautela nos mercados, especialmente sobre empresas de tecnologia e investimentos sensíveis a tarifas comerciais.
No varejo brasileiro, o IBGE informou que as vendas em agosto avançaram 0,2% em relação a julho, interrompendo quatro meses consecutivos de queda. A comparação anual registrou alta de 0,4%, marcando a quinta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor registra crescimento de 1,6%, enquanto o índice em 12 meses subiu 2,2%, mostrando recuperação gradual do consumo doméstico.
Nos mercados de commodities, os preços do petróleo operam estáveis, após registrarem mínima de cinco meses na terça-feira. As projeções da Agência Internacional de Energia indicam um superávit global de quase 4 milhões de barris por dia em 2026, pressionado pela combinação de aumento da produção e tensões comerciais.
O Ibovespa, assim, inicia a sessão em baixa moderada, refletindo o equilíbrio entre indicadores econômicos domésticos e a cautela internacional diante das incertezas comerciais e monetárias globais.
Por volta das 10h33, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:
Altas
- Eletrobras (ELET6): +2,66%
- Assaí (ASAI3): +2,32%
- RaiaDrogasil (RADL3): +2,40%
Baixas
- CSN (CSNA3): -2,25%
- CSN Mineração (CMIN3): -2,29%
- BB Seguridade (BBSE3): -1,14%
Confira a evolução do Ibovespa:
*Até o dia 15/10 às 10h33
- Segunda-Feira (13): +0,78%
- Terça-Feira (14): -0,07%
- Na semana*: +0,74%
- Em outubro*/2025: -3,08%
- No 4°tri./25*: -3,08%
- Em 2025*: +17,83%
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