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Petrobras (PETR4): Itaú BBA rebaixa recomendação citando “muita volatilidade a frente” e ações caem

Perto das 11h52, os papéis preferenciais recuavam 4,50% e os ordinários perdiam 4,39%

Foto: Shutterstock

O Itaú BBA rebaixou a recomendação da Petrobras (PETR4; PETR3) de compra para neutra apenas dois meses após iniciar a cobertura da estatal. De acordo com os analistas, um ambiente macroeconômico desafiador promete meses de “muita volatilidade” no futuro.

Diante disso, os papéis da petrolífera estavam entre as maiores perdas do Ibovespa. Perto das 11h52, os papéis preferenciais recuavam 4,50% e os ordinários perdiam 4,39%.

Em relatório distribuído ao mercado nesta terça-feira (30), os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello justificaram o corte na recomendação ao ambiente mais desafiador daqui para frente, além da distribuição de dividendos muito acima do esperado e a acomodação dos preços internacionais antes do esperado como fatores negativos para o curto prazo.

“Embora ainda esperemos que a Petrobras apresente bons fundamentos sólidos, prevemos meses de alta volatilidade pela frente. Isso nos leva a esperar por um caminho claro para a tese de investimento da empresa”, avaliaram os analistas do Itaú BBA.

Além da recomendação, o BBA cortou o preço-alvo do papel preferencial de R$ 43 para R$ 38 em 2022. Com base no preço atual de R$ 33, o banco prevê uma valorização de 15,15% até dezembro.

Para os analistas, a ação já rendeu um retorno total aos acionistas de 57% desde junho, quando iniciaram a cobertura, muito perto da estimativa do BBA de 63%.

“Esperamos uma geração de caixa mais modesta para a Petrobras no segundo semestre, implicando no pagamento de dividendos de R$ 4,7 por ação, o que corresponde a um dividend yield trimestral de 7%”, afirmaram Greco, Amorim e Mello.

Petróleo em baixa também ajuda na queda das ações

Após dias consecutivos de alta, devido ao receio de que países produtores pudesse diminuir a oferta da commodity, o contrato futuro do preço do Brent cai quase 4% no mercado internacional, cotado pouco abaixo de US$ 100.

A queda do petróleo se deve ao aumento dos temores de que a política de aperto monetário no mundo possa provocar um enfraquecimento das economias, reduzindo, assim, a demanda por combustível.

A preocupação neste momento está nos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa, que podem recorrer a elevação de juros mais agressivos, podendo impactar o crescimento econômico mundial.

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