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Petrobras (PETR4): Guinada do Brent e dos derivados ajudam e números da estatal saltam no 2º tri

No período, o lucro líquido da estatal alcançou R$ 54,330 bi, uma alta de 26,8% ante o mesmo período do ano anterior

Foto: Divulgação Petrobras

O que o mercado esperava se confirmou. A Petrobras (PETR4; PETR3) viu seus resultados saltarem no segundo trimestre do ano, impulsionados, principalmente, pelos preços mais altos do petróleo no mercado internacional, que subiram 10% no período, ficando na média em torno de US$ 112 o barril do tipo Brent, além dos produtos refinados, que também registraram elevação dos preços.

No período, o lucro líquido da estatal alcançou R$ 54,330 bilhões, uma alta de 26,8% ante o mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro operacional, refletido no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, subiu 58,6%, para R$ 98,260 bilhões na mesma base de comparação.

A receita líquida, por sua vez, atingiu R$ 170,96 bilhões no segundo trimestre do ano, valor 54,4% maior ante igual intervalo de 2021.

O fato que chama a atenção no resultado é que o lucro líquido ficou bem acima do projeto por cinco casas consultadas pela Agência TradeMap.

Arte: Rachel Santos/TradeMap

O Itaú BBA esperava um lucro de R$ 39,74 bilhões, enquanto o BTG Pactual previa R$ 34,694 bilhões, o BofA (Bank of America) estimava R$ 41,048 bilhões e o Santander era o que tinha o maior pessimismo com o resultado, de R$ 25,820 bilhões.

De acordo com a Petrobras, além da guinada do Brent no segundo trimestre do ano, o lucro foi impactado positivamente pelo ganho de capital de R$ 14,2 bilhões referente ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu, fechado com o governo federal em 2021.

No caso do Ebitda ajustado, a petrolífera também registrou número maior que o esperado pelo mercado, desta vez não tão discrepante. O Itaú BBA esperava lucro operacional de R$ 93,988 bilhões, enquanto o BTG estimava R$ 81,456 bilhões, o BofA previa R$ 86,712 bilhões e o Santander mais uma vez era o mais pessimista, prevendo R$ 79,940 bilhões.

Os fortes resultados da estatal mostram ainda que os derivados de petróleo, como gasolina, diesel, querosene de aviação, que a Petrobras considera a paridade internacional para fazer esses reajustes internamente, atestam o que todos já sabiam, que colocando a rentabilidade em primeiro lugar a empresa é uma excelente pagadora de dividendos.

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O preço dos derivados básicos fechou o trimestre no valor de R$ 665,50 por barril, uma alta de 65,9% na comparação anual, com a venda total alcançando R$ 170,960 bilhões, valor 54,4% superior ao visto um ano antes.

Segundo a estatal, o maior volume de vendas e preços de derivados foi causado pela retomada da demanda mundial por petróleo e derivados após o período crítico da pandemia da Covid-19 e oferta impactada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

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