Praticamente dois meses desde o último corte, a Petrobras (PETR4; PETR3) anunciou nesta terça-feira (6) uma redução no preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras a partir de amanhã (7), diante da evolução dos preços de referência no mercado internacional.
No caso da gasolina, o preço vai passar de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, uma redução de 6,09%, ou de R$ 0,20 por litro. Segundo a estatal, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da empresa no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,25 por litro.
Para o diesel, o corte será de 8,17%, passando de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, ou seja, uma redução de 0,40 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 4,04 por litro.
“Essas reduções acompanham a evolução dos preços de referência e são coerentes com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, diz a empresa, em comunicado.
Consumidor só deve sentir efeito em 13 de dezembro
Segundo Guilherme Sousa, analista da Ativa Investimentos, ainda que a Petrobras tenha anunciado o reajuste negativo a partir de amanhã, o efeito dessa queda para o consumidor deverá ser sentido apenas a partir do dia 13 de dezembro. Isso porque, em média, os postos de combustíveis trabalham com estoques de cinco dias.
O último corte no preço da gasolina e do diesel havia sido anunciado em setembro, antes das eleições presidenciais, quando a Petrobras cortou em 7% o preço da gasolina, passando de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. O preço do diesel, por sua vez, passou de R$ 5,19 para R$ 4,89 por litro, uma baixa de 5,78%.
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À época, rumores davam conta de que o presidente Jair Bolsonaro havia pressionado a estatal para segurar o reajuste no preço no combustível até o fim das eleições. Naquela oportunidade, contudo, o preço de referência no mercado estava mais alto do que o vigente, portanto, a Petrobras teria que fazer um reajuste para cima.
Por volta de 13h40, o papel preferencial da Petrobras subia 0,16%, a R$ 25,66, enquanto a ação ordinária operava em baixa de 0,17%, a R$ 29,18.